domingo, 9 de agosto de 2009

PARÁBOLA DOS TRABALHADORES DA ÚLTIMA HORA

ASSUNTO: OPORTUNIDADE DE TRABALHO

1-OBJETIVOS: Levar os evangelizandos a:

Na parábola o valor dado por Jesus à disposição de trabalhar, assim que surja a oportunidade:

Aproveitar toda a ocasião que se lhes apresenta de servir, por pouco proveitosa e tardia que esta pareça.

2- PREVISÃO DE MATERIAL: 5 tiras de cartolina com trechos de Jesus assim distribuídos: MUITOS PRIMEIROS / SERÃO OS ÚLTIMOS /

E / MUITOS DOS ÚLTIMOS / SERÃO OS PRIMEIROS

3-TÉCNICAS:

Exposição dialogada:
Técnica das tiras desordenadas.

4- ATIVIDADES INICIAIS

a) Introdução: conversa inicial, prece

b) Incentivo inicial

Pedir a 5 crianças que se levantem e a cada uma dar uma tira de cartolina com trechos de frases de Jesus(ver 2 -PREVISÃO DE MATERIAL)

Colocar as crianças de tal forma que a frase fique desordenada e, em seguida, pedir às outras crianças que ordenem a frase.

5- ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO

Pedir às crianças que comentem a máxima

Concluir os comentários

Contar a Parábola dos trabalhadores da última hora.

Há uma história de Jesus em que Ele começa e termina dizendo assim:"Muitos primeiros serão os últimos e muitos dos últimos serão os primeiros."

Vamos comentar sobre esse ensino de nosso Mestre?(concluir os comentários).

De fato, quem não conhece pessoas ativas, dedicadas ao trabalho que, com toda boa-vontade, dão conta rapidamente e com perfeição de suas tarefas?
Quem não sabe também de outra, preguiçosas, de má-vontade, que a muito custo terminaram o serviço que lhes compete?
Esse ensino de Jesus quis aplicar em relação ao maior ou menor esforço que realizamos em favor de nosso aperfeiçoamento espiritual.
Espíritos há que levam encarnações e mais encarnações para se definirem em favor da obra do bem.
Outros, com muito menos encarnações, conquistaram tal soma de virtudes, que se tornaram os primeiros no reino de Deus.
Jesus deu esse ensinamento depois que Simão Pedro afirmou que ele e seus companheiros tinham deixado tudo para seguir o Mestre. Jesus louvou a atitude de seus discípulos, mas lembrou-lhes que muitos outros espíritos que talvez lhes parecessem os últimos dos homens também conquistariam com eles a felicidade eterna.
É que o Senhor conhece as suas ovelhas e não vê pela nossa aparência.
Ele sabe que alguns trabalham em seu nome, mas não sabem perseverar e, por não o amarem bastante, poderão desertar das fileiras do serviço ou permanecer nelas sem, no entanto, produzirem o que devem.
Ele sabe que existem muitos de nossos irmãos com aparência de maldade, mas que estão esperando apenas um chamamento, uma oportunidade para se tornarem seus discípulos.
Nós, que aqui estamos, já fomos chamados para o trabalho do bem.Peçamos a Deus proteção para que sempre e cada vez mais nos dedicamos à conquista
de virtudes. Já temos andado longe de Deus a muitas encarnações e é preciso que nesta vida sejamos os dignos trabalhadores que daremos conta a Jesus do serviço que Ele nos entregou.

É bom recordar a história que Jesus contou a propósito deste ensino: "OS ÚLTIMOS SERÃO OS PRIMEIROS E OS PRIMEIROS SERÃO OS ÚLTIMOS".

A Parábola dos Trabalhadores da Última
Hora
Clóvis Tavares


Um homem possuía uma grande vinha, onde colhia bastante uvas.
Um dia saiu de casa bem cedo para procurar novos trabalhadores para seu vinhedo.
Chegando á praça da cidade, perto de sua casa, encontrou alguns homens sem emprego. Combinou com eles o salário daquele tempo, que era um denário por dia. Os operários, satisfeitos, aceitaram imediatamente o convite e, por ordem do proprietário, seguiram para o trabalho da vinha.
As nove horas da manhã, o vinhateiro voltou à praça, onde havia sempre, como era costume naquele tempo, pessoas que procuravam serviço. Encontrou mais alguns homens desempregados e disse-lhes:
-Ide também trabalhar na minha vinha. Eu pagarei o que for justo.
E os trabalhadores seguiram para o campo e começaram sua tarefa.
Ao meio-dia. e depois às três da tarde, o vinhateiro voltou à mesma praça e fez o mesmo, contratando novos trabalhadores.
As cinco horas da tarde, pela última vez nesse dia, esteve no mesmo local, onde encontrou igualmente alguns homens sem serviço. Perguntou-lhes então:
- Por que estais aqui, o dia inteiro, desocupados?
E os homens responderam:
-Senhor, aqui estamos porque ninguém contratou nossos serviços até agora.
Respondeu o vinhateiro:
-Ide também vós trabalhar na minha vinha.
Ao anoitecer, o senhor da vinha chamou o administrador e disse-lhe que fizesse o pagamento dos salários aos trabalhadores.
Naqueles .tempos, os operários recebiam o pagamento diariamente; esse salário de cada dia era chamado jornal. Por isso, eram chamados também jornaleiros.
-Chama os trabalhadores e paga-lhes o salário, começando pelos últimos e acabando pelos primeiros - ordenou o vinhateiro.
Foram chamados os que chegaram às cinco horas da tarde e só trabalharam uma hora. E cada um deles recebeu um denário.
E assim, os outros que começaram a tarefa às três da tarde e ao meio-dia. Por fim, chegaram os que começaram o serviço pela manhã bem cedo. Pensavam que iriam receber mais (pois viram os trabalhadores da última hora receberem um denário). 0 administrador, porém, pagou igualmente aos primeiros um denário.
Então, estes começaram a resmungar contra o senhor da vinha, alegando:
-Estes últimos trabalharam somente uma hora e tu os igualastes a nós, que agüentamos o peso do dia e o calor sufocante.
0 proprietário, entretanto, disse a um deles que mais murmurava:
-Meu amigo, eu não te faço injustiça; não combinaste comigo o jornal de um denário? Recebe, pois, o que te pertence, sem reclamação. Eu quero dar aos últimos tanto quanto dei a ti. Não achas que tenho direito de fazer o que me agrada daquilo que me pertence? Por que sentes ciúme e inveja
Não tenho, por acaso, o direito de ser bondoso?
Termina Jesus a Parábola dizendo: "A: sim, os últimos serão os primeiros e os primelros serão os últimos".

Esta bela estória, filhinho, mostra com Deus executa Sua Perfeita Justiça.
À primeira vista, parece que os operário queixosos tinham razão de reclamar contra o vinhateiro, pois eles trabalharam mal tempo que os últimos, que só tiveram um. hora de serviço. Esse, filhinho, é o raciocínio humano, é idéia da justiça humana, que só considera o lado exterior das coisas. No caso da parábola, os operários não tinham direito de reclamar, porque estavam recebendo o salário combinado na praça cora seu patrão. Era o salário comum naquele tempo, para o trabalho de um dia. 0 senhor da vinha havia prometido pagar um denário e cumpriu sua palavra.
Não houve nenhuma injustiça da parte do proprietário da vinha. Ele quis pagar também um denário, isto é, o salário justo, ao: trabalhadores de última hora, certamente porque viu que o serviço feito por estes, nessa única hora, foi feito com boa vontade, amor e cuidado. Ele considerou, não o tempo, mas a qualidade do serviço feito.
Assim é a Justiça Divina, filhinho. Ela nos recompensará, um dia, na Eternidade, pelo trabalho que fizermos em favor do Reino de Jesus na Terra. A recompensa, porém, será dada, não em consideração ao número de horas de nosso serviço, nem à qualidade do mesmo. Não, meu filho, Deus não olhará o lado exterior, visível, nem o volume de nossas obras. Deus nos julgará pela qualidade de nosso trabalho, pela sinceridade de nossos atos, pela nossa boa vontade no auxilio aos outros, pelo amor, cuidado e dedicação com que cumprirmos nossas tarefas. Deus olha à qualidade de nosso trabalho e não as horas de nosso serviço. A Justiça Divina considera nosso coração e nosso caráter, e não nosso relógio e nossa balança.
Que seu serviço, filhinho, na Vinha do Evangelho, agora ou mais tarde, quando você crescer, seja sempre feito com boa vontade, com sinceridade, com amor. Que você não se habitue a reclamações. Que você nunca inveje o que seja dado aos outros, como fizeram os trabalhadores das primeiras horas. Respeite o trabalho e o entusiasmo dos companheiros novos, que vão chegando para a Escola de Evangelho e começando a fazer alguma coisa para Jesus. Não sinta ciúme, se eles receberem qualquer atenção, ou provas de bondade dos professores. A Parábola é uma grande lição contra o espírito de reclamação, contra a mania das queixas, contra o veneno da inveja.
Que você, filhinho, procure fazer sempre, com boa vontade e humildade, qualquer serviço, pequenino ou maior, que Jesus confia ao seu coração.

Extraído do livro "Histórias que Jesus Contou” Ed. Lake, pg. 92 a 96 - O Imortal


6- ATIVIDADES FINAIS:

a) Integração: através de perguntas:

O dono da vinha está representando quem?
Por que o dono da vinha quis pagar a mesma coisa a todos os trabalhadores?
Ele foi justo?

b) Avaliação através da observação das opiniões dos evangelizandos durante a aula.

7- FONTES PARA O EVANGELIZADOR

Mateus,20:1 a 6
Parábolas Evangélicas - Rodolfo Calligaris
Histórias que Jesus Contou - Clóvis Tavares
O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO - Allan Kardec - cap. 20

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