domingo, 30 de abril de 2017
quarta-feira, 26 de abril de 2017
PLANEJAMENTO DAS AULAS
Importância de uma boa preparação
Rita Foelker
Uma boa preparação é fundamental para o êxito de
qualquer trabalho. Preparar a aula, sim, mas também preparar a si mesmo e
preparar o ambiente de trabalho.
Preparação da aula
Preparar
a aula é seguir alguns passos que se resumem basicamente em:
1º. Definir o tema;
2º. Definir um objetivo, dentro do
tema;
3º. Pesquisar o assunto;
4º. Definir uma estratégia para
atingir o objetivo proposto e o buscar material necessário;
5º.Avaliar resultados.
Para que
uma aula seja dinâmica, é necessário que se observe diversos aspectos do tema,
levando em consideração os interesses da turma e as conseqüências práticas para
suas vidas.
Uma
pesquisa bem feita, em fontes espíritas e não-espíritas pertinentes, é o ponto
de partida. Escolha uma estratégia adequada ao estilo de ser do grupo e à faixa
etária, e monte um roteiro para sua aula com atividades variadas porém unidas
dentro de um objetivo (ex.: leitura - discussão em grupo - dramatização; ou
jogo - diálogo - pintura; etc.).
Assim,
você obterá mais atenção e, consequentemente, mais conhecimento será fixado.
Preparar a si mesmo.
Muitos
educadores estão despreparados para o compromisso que assumiram independente da
boa vontade que possuam. Mas isto pode ser solucionado mediante estudo,
leituras e trocas de experiências com colegas, além dos cursos e encontros, que
costumam abrir a mente e desvendar um novo universo para quem tem chance de
participar.
E há
também a preparação íntima. Esta inclui:
1.Um bom nível de comprometimento, que cria a
predisposição psicológica para cumprir todos os quesitos que este trabalho
exige;
2. Flexibilidade, para
saber agir diante de cada situação nova; para mudar o jeito de trabalhar, se
for preciso; para alterar o plano de aula no momento da execução, se isto se
mostrar conveniente, para seguir as intuições dos Espíritos e para ouvir e
respeitar opiniões diferentes das suas;
3. O estabelecimento de uma ligação espiritual com os protetores e
orientadores da tarefa, que trabalham conosco (educadores e alunos) através
da intuição e da inspiração.
Preparação do ambiente
Tão
importante quanto preparar a aula e a si mesmo, é preparar o ambiente físico e
espiritual da aula.
Vamos
imaginar duas situações:
A turma A chegou para a aula semanal e o
educador, que já estava na sala, recebeu cada um com um sorriso e uma palavra
especial. As cadeiras já estavam dispostas e, o material a ser usado, sobre a
mesa. É claro que isto só foi possível porque o educador A chegou ao Centro com
bastante tempo para deixar tudo pronto.
A turma B chegou para a aula semanal e a
porta da sala ainda estava trancada, de modo que ficaram esperando do lado de
fora. Quase dez minutos depois, chegou o educador B com a chave e carregando
uma parte do material, já que o restante, com a pressa, ele acabou não se
lembrando de pegar.
Pergunta:
Qual é o trabalho com mais qualidade, o A ou o B? Em qual dos dois os
resultados são melhores? Qual dos dois educadores você gostaria de ser?...
Num local
bem organizado, limpo e claro, as crianças aprendem muito melhor.
A
preparação do ambiente espiritual também é importante. Chegar mais cedo e
reunir-se com os colegas num local tranquilo, proceder a uma leitura e uma
prece nos ajudam a encontrar equilíbrio e mobilizar os recursos internos para a
atividade que vai começar. Estes momentos de recolhimento e elevação nos
aproximam dos Espíritos amigos e facilitam a ligação espiritual com eles. Para
tanto, não necessitaremos mais do que dez minutos.
Preparação do ambiente para o
trabalho
Rita Foelker
Antes de
se iniciar qualquer aula, é importante preparar o ambiente físico e espiritual.
a) Ambiente Físico
É
representado por tudo aquilo que a criança têm ao alcance de seus sentidos
materiais, para seu crescimento e desenvolvimento, desde os objetos que
manuseia até as características visuais e os ruídos.
Para um
bom desenvolvimento de nossas atividades, é importante que o meio favoreça a
liberdade de movimento e de expressão dos alunos, que eles se sintam à vontade
para o trabalho, o estudo, a pesquisa, o jogo, a brincadeira e a descoberta.
Na
preparação do ambiente físico, observaremos as condições de: limpeza,
iluminação, mobiliário, ventilação, decoração e material.
Todos os
elementos do ambiente devem proporcionar uma sensação de harmonia e ordem, que
conduzirão a criança à organização interna, à disciplina e à tranquilidade.
Poderá
haver um canto destinado a tapetes (esteiras, almofadas, etc.) em quantidade
condizente com o número de alunos, que as crianças serão orientadas a utilizar
com cuidado e guardar em ordem. Alguns livros poderão estar disponíveis e até
jogos, caso o Centro não conte com uma Biblioteca Infantil.
b) Ambiente Espiritual
A
Educação da Criança e do Jovem não é uma tarefa restrita a uns poucos
trabalhadores dos Centros Espíritas. Numerosos Espíritos estão empenhados neste
trabalho, de repercussão profunda na sociedade e no progresso do planeta como
um todo. Estes Espíritos se aproximam daqueles que encaram o compromisso com dedicação,
seriedade e amor, e os assistem no desempenho de suas atividades. Para
iniciarmos e cultivarmos a afinidade com estes Companheiros é importante manter
sempre pensamentos condizentes com nossos propósitos, estando receptivos a suas
inspirações e intuições.
Mas antes
das aulas, é possível estreitar mais os laços de sintonia, reservando alguns
minutos à reunião entre os educadores. Num clima de calma e recolhimento,
pode-se, então proceder a alguma leitura breve seguida de uma prece espontânea.
Não mais
que dez minutos são suficientes para que nos situemos longe das preocupações
cotidianas e dentro dos objetivos superiores a que nos propusemos.
Pondo em prática
Às vezes
não é fácil ser racional e intuitivo, seguir o planejamento e, ao mesmo tempo,
ter agilidade para mudar se necessário, e ninguém pode ensinar como fazer isto.
Muitos deixam de ser mais hábeis e criativos nas
aulas por medo de errar. Aliás, um dos grandes fatores de ansiedade para os educadores que temos
encontrado em nossas caminhadas é a insegurança quanto ao
conteúdo. Será que realmente estão em condições de abordar um tema doutrinário
com clareza e precisão?
- eis o que nos perguntam.
Sempre
digo que quem vai falar de Espiritismo para as crianças e os jovens deveria ser
o mais assíduo participante dos estudos doutrinários da Casa. Mas há duas
realidades que precisamos encarar:
1º. Jamais
vamos saber tudo, absolutamente tudo, portanto nem sempre teremos todas as
respostas. É bem
verdade que aprenderemos muito enquanto planejamos as próprias aulas, lendo
livros, mas nosso saber doutrinário
tem necessariamente um limite.
2º. Mais cedo
ou mais tarde, todos podemos nos enganar. Aliás, é muito raro encontrar alguém
que nunca se
enganou. Podemos dizer alguma bobagem, deixar uma impressão errada com relação
ao tema. Por isso,
sempre que vamos pesquisar um assunto, é recomendável verificar o que as obras
de Allan Kardec dizem
sobre ele.
E quando não soubermos como responder uma pergunta,
o melhor é dizer que não sabemos, mas que vamos procurar nos informar. Assuma, quando der uma
resposta da qual não tenha plena certeza e confie nisto: se você errar em alguma informação
fundamental, a vida lhe trará a oportunidade de rever e de retomar o
assunto com o enfoque correto.
Às vezes, nossa insegurança não vem da falta de
conhecimento de Espiritismo, mas é um traço emocional, faz parte da nossa personalidade e
também aparece em outras ocasiões. Será que este não é o seu caso?
Ø Montar um plano de aula bem
estruturado, conhecer bem os seus alunos e confiar nos Amigos Espirituais são
maneiras de diminuir ansiedades e inseguranças.
Ø Cobrar de si mesmo perfeição e
infalibilidade é um dos aspectos da vaidade e do orgulho. Ser natural e aceitar
a possibilidade de falhar é ter humildade e aceitar-se como ser humano e como
Espírito em evolução.
Ø Respeito, naturalidade,
sinceridade e dedicação vão nos ajudar a progredir em conhecimentos e na tarefa
educacional.
Exemplo prático
Vamos
verificar um plano de aula com base nos passos sugeridos acima?
Tema: Espiritualismo e Espiritismo
1º passo: Definir o tema.
Conceituação
do Espiritismo: O que é o Espiritismo? O que caracteriza mais fortemente o
Espiritismo enquanto Doutrina?
2º passo: Definir o objetivo.
Nosso objetivo principal será levar a perceber as
principais diferenças entre o Espiritismo e o Espiritualismo. O trabalho será dirigido à
Pré-mocidade, na faixa dos 12 aos 14 anos. Pergunta-chave: qual a diferença
entre Espiritismo e Espiritualismo?
3º passo: Pesquisar textos e
material.
Em O
Livro dos Espíritos, vamos buscar na "Introdução ao Estudo da Doutrina
Espírita", primeiro parágrafo, como Kardec define estas duas palavras.
Vamos
procurar figuras ou músicas que mostrem manifestações de crenças
espiritualistas de todo o mundo, como Budismo, Catolicismo, Xamanismo,
Hinduísmo, Judaísmo, etc.
Há também
um texto intitulado "Espiritualismo e Espiritismo", escrito por nós,
que se encontra no livro Um Pouco Por Dia, Ed. EME. É uma fonte adicional de
consulta.
4º passo: Criar uma estratégia que
conduza ao objetivo definido.
Motivação
Nossa proposta é de preparar o
ambiente espalhando fotos ou imagens diversas de manifestações espiritualistas,
no maior número possível.
Frases ou pequenos textos de
tradições diversas podem ser usados. Mantras, canto gregoriano, tambores rituais, etc. fariam o fundo musical.
Coloque também O Livro dos Espíritos, em destaque.
Os alunos entrarão na sala e serão estimulados em
sua curiosidade a respeito do material exposto. Esta já é uma
maneira de levar a perceber também a sociedade e suas diferenças, o que, nesta
faixa etária, se torna bastante
interessante.
Desenvolvimento
Quando
todos estiverem presentes, peça que se sentem, desligue a música e pergunte se
eles sabem o que é tudo aquilo. O que aqueles sons, imagens e textos têm em
comum? Todos representam a crença em alguma realidade fora da matéria.
E o
Espiritismo? Onde se encaixa?
Inicie um
diálogo, com base no texto pesquisado n' O Livro dos Espíritos.
Destaque
o fato de que todas as crenças são legítimas e precisam ser respeitadas.
O Espiritismo, porém, tem algumas
características que o diferenciam do Espiritualismo (ver abaixo o quadro
comparativo).
QUADRO COMPARATIVO
|
|
Espiritualismo
|
Espiritismo
|
Oposto
do materialismo; crer que exista “algo” além da matéria.
|
Crença
na existência dos Espíritos e em suas comunicações com o mundo material, além
dos demais princípios da Doutrina (crença em Deus e na multiplicidade dos
mundos e das existências)
|
Fé sem
necessidade de compreensão racional.
|
Fé
raciocinada.
|
Nasceu
junto com a Humanidade, da intuição da existência de um ou vários poderes que
governam o Universo.
|
Nasceu
no dia 18 de abril de 1857, com a publicação de “O Livro dos Espíritos”, que
contém os princípios da Doutrina Espírita.
|
Pode
necessitar de intermediários (sacerdotes) e lugares especiais (templos) para
a ligação com Deus.
|
Ensina
que a ligação com Deus é feita por qualquer pessoa e em qualquer lugar,
através da prece sincera.
|
Crença
no sobrenatural.
|
Certeza
de que tudo o que existe é resultado de leis naturais, sendo que nada existe
de sobrenatural.
|
Seus
adeptos são espiritualistas.
|
Seus
adeptos são espíritas.
|
Atividades Finais
Confeccione tiras com as características
apresentadas no quadro. Use uma cartolina dividida ao meio com as
palavras Espiritualismo e Espiritismo escritas no alto, uma de cada lado. Peça
aos alunos, um a um, que vão
pegando da mesa as tiras e colocando-as nos lugares certos.
Peça aos
alunos que, se souberem, completem o quadro com outras diferenças, sempre
justificando suas opiniões. Que tal ouvir as músicas novamente?
5º passo: Avaliar resultados.
Proponha aos alunos que montem, em grupo ou
individualmente, uma apresentação destacando e explicando as principais características da
Doutrina Espírita estudadas. Ex.: Fé raciocinada, o que é, qual sua importância;
etc. Este trabalho poderá ser apresentado no próximo encontro.
Agora, se perceber que a classe
já está madura para um estudo mais minucioso, indique a leitura de O Livro dos
Espíritos, "Introdução ao Estudo da Doutrina Espírita, VI - Resumo da
Doutrina dos Espíritos". Peça que cada um escolha um parágrafo e traga um
pequeno comentário sobre ele, no próximo encontro, explicando
o que entendeu.
sexta-feira, 21 de abril de 2017
HIGIENE MENTAL
Faixa etária: 11-12 anos
Objetivo: Levar o evangelizando a criar o hábito de prestar atenção aos seus pensamentos como parte da saúde espiritual.
Incentivação inicial: Propor aos evangelizandos que façam uma lista de situações que ocorrem no nosso cotidiano. Ex: hora do almoço, recreio escolar, hora do estudo, filas, meus pais estão uma “fera” comigo, meus irmãos, minhas tarefas no lar, etc. Analisar:
- como reagimos diante delas?
- o que pensamos sobre essas reações?
- acrescentam algo de bom ou ruim?
- como são os efeitos dessas reações para mim e para outros?
- fiquei em desarmonia com elas?
- essas reações passam logo?
Desenvolvimento: Após a atividade iniciar um diálogo:
- vocês sabem o que é higiene?
- deem exemplos de higiene.
- o que vocês pensam sobre higiene? É importante?
- existe alguma relação entre essa higiene que conversamos e a atividade que acabaram de fazer?
Se vocês tivessem que reformar uma casa que está com muitos problemas, desde vazamentos, curtos circuitos, até pintura, por onde vocês começariam: pela aparência externa da casa ou pelos encanamentos, fiação, etc?
É disso que estamos falando, sobre o nosso interior e o exterior. A nossa aparência limpa, higienizada é muito importante, mas o nosso estado íntimo, o dos sentimentos e pensamentos é que nos deixará realmente saudáveis.
Assim como o ambiente e o corpo limpos evitam doenças, o espírito que mantém pensamentos sadios está higienizando a mente, promovendo o equilíbrio mental e espiritual.
O pensamento é a expressão do que sentimos. Através dele angariamos energias boas ou ruins que irão se manifestar no corpo, através do perispírito, como saúde ou doença.
Jesus disse: “vigiai e orai”. Fazendo esse exercício constante de vigilância sobre nossos pensamentos poderemos manter uma boa saúde mental que refletirá num corpo saudável também.
Fixação: (atividade obtida do livro “Educação Emocional e Intuitiva, nº 03, de Rita Foelker).
- levar duas folhas de papel Kraft. Escrever no alto de uma folha, “Pensamentos que Resolvem” e na outra “Pensamentos que não Resolvem”.
- espalhar na mesa vários balões de pensamentos feitos de papel, com frases otimistas e pessimistas. Ex: gosto de mim; tudo vai dar certo; se prestar atenção, consigo aprender; nada dá certo pra mim; como sou burro; aquele panaca sempre implica comigo; não consigo, vou desistir, etc.
- cada criança escolhe um pensamento e decide em qual folha ele deve ser colado.
- os pensamentos devem ser colados no alto da folha para que sobre espaço embaixo.
Então, forme dois grupos e peça que cada um desenhe como é a pessoa que tem aqueles pensamentos. Peça que voltem aos seus lugares, analisem os desenhos e reflita com eles:
- qual destes dois personagens está vivendo melhor?
- qual destes dois necessita mais de ajuda?
- como o que está melhor poderia ajudá-lo?
Beatriz de Almeida Rezende
|
A GALINHA INTRANSIGENTE
Lendo uma historinha ...
Existiu certa vez uma galinha que nunca estava satisfeita com nada. Vivia de mal com o mundo e não perdoava a menor ofensa, mesmo involuntária.
Passava o tempo a queixar-se da vida e a criticar tudo o que os animais da fazenda faziam. No terreiro, ninguém estava livre dos seus comentários.
Se um patinho se machucava, ela logo dizia:
— Bem feito! Quem manda dona Pata deixar seus filhotes soltos por aí?
Se o cachorrinho era picado por uma abelha ao enfiar o focinho no tronco de uma árvore, ela logo exclamava com ar satisfeito:
— Teve o que merecia! Quem manda ficar enfiando o nariz onde não deve?
Se o gatinho, sem querer, entornava o prato de leite, ela reagia:
— Também com a educação que dona Gata lhe dá, só podia ser um trapalhão mesmo!
E assim ela criticava todos os animais do terreiro. E ai de alguém que lhe fizesse a mínima ofensa. Jamais teria o seu perdão.
Certo dia, ela descuidou-se arrumando o galinheiro e não viu que um de seus pintinhos desaparecera.
Quando percebeu, ficou apavorada e saiu gritando por ele:
— Chiquinho! Chiquinho! Onde está você?
Mas nada do Chiquinho aparecer. Perguntou para os vizinhos, para dona coruja, sempre muito esperta, e nada. Ninguém sabia dar notícias do pintinho.
Todos estavam preocupados e ajudando a procurar o filhote da galinha, até que dona Vaca lembrou-se de tê-lo visto atravessando o pasto a caminho do riacho.
Correram todos, e lá chegando ficaram surpresos e encantados com a cena que viram.
O pintinho caíra na água e, não sabendo nadar, debatera-se, ficando preso em umas plantas na outra margem do riacho que, embora estreito, não dava para alcançar.
O patinho, excelente nadador, já fizera vãos esforços para soltar o pintinho, que estava preso por uma das patas, mas ele era muito fraco e não tinha força suficiente.
O cachorrinho e o gatinho tiveram uma idéia e, nesse exato momento, a colocavam em execução.
O cachorrinho, que era o mais forte, se pendurou num galho de árvore à margem do regato e, ao mesmo tempo, segurou uma das patas do gatinho, que se esticou... esticou... esticou até conseguir agarrar o Chiquinho pelo pescoço. Depois, puxando-o com força, pode livrá-lo dos ramos que o prendiam.
Foi um alívio geral! Em pouco tempo, Chiquinho estava nos braços da mamãe Galinha, que respirava aliviada.
— Graças a Deus! Não sei como agradecer a vocês todos pela ajuda que me deram! — disse com lágrimas nos olhos.
Depois, pensando um pouco, completou envergonhada:
— E logo eu que sempre fui tão intolerante com todos! Mas, nunca mais criticarei ninguém. Nunca se sabe quando nós também vamos precisar da ajuda e do perdão dos outros. Hoje, por minha falta de atenção, meu filho quase perde a vida. Porém, em vez de me censurar, vocês me ajudaram. Quero que me perdoem tudo o que já lhes fiz, como espero que Deus me perdoe também.
E deste dia em diante, dona Galinha transformou-se numa criatura boa, paciente, tolerante e compreensiva para com as falhas do próximo e nunca mais criticou ninguém.
Fonte: O Consolador - Revista Semanal de Divulgação Espírita
Autora: Célia Xavier Camargo
quinta-feira, 20 de abril de 2017
terça-feira, 11 de abril de 2017
VERDADE + MENTIRA
Objetivos: estimular as
crianças a sempre falar a verdade e permitir que elas mesmas concluam as
conseqüências de uma mentira
Materiais necessários:
caixa de papelão, microfone (desligado), roteiro com perguntas para respostas
verdade ou mentira, ficha para grupo de cças responderem às questões, folhas de
sulfite com frases sobre verdade/mentira escritas em giz branco, algodão, tinta
guache.
Descrição:
- Prece inicial
- Introdução ao tema
- Dinâmica entrevista: faça uma entrevista usando uma
televisão imaginária (uma caixa de papelão)
O evangelizador deve
contar fatos (ou ser entrevistado por uma das cças) de sua vida qdo criança e
as crianças (divididas em grupos) deverão anotar num papel V ou F para cada
situação. Todas as afirmações serão verdadeiras. Verificar qual grupo acertou
mais. Se houver interesse as cças poderão revezar na entrevistas. FECHAR : SE
ALGUÉM MENTIU, POR QUE FEZ ISSO NA BRINCADEIRA, ETC ETC
Depois conversar sobre a
importância de se falar a verdade. O que eles acham? È certo mentir?Perguntar
se eles sabem de alguma história de mentira que acabou mal? Você conhece alguém
que não diz a verdade?
É importante dizer a
verdade para que o nosso relacionamento se baseia na confiança. Quando há verdade no relacionamento, nós nos sentimos seguros e amados. Mas às vezes é preciso ter coragem para contar a verdade, quando, por exemplo, alguma coisa dá errado ou quando fizemos algo que nós deveríamos ter feito.
- Contar a história “Vermelha de Vergonha”
- Abordar aspectos da história: mentir, ganância, trabalho honesto.
- Distribui as folhas que aparentemente estão em
branco: fazer pintura surpresa umedecendo algodão em tinta guache bem
diluída e passar sobre a folha deixando-a secar. Fazer associação com a verdade:
Ela sempre aparece!!!
Ainda estou vermelha de
vergonha,
Sinto o rosto queimar,
Meu coração parece que
apanha,
Preciso me acalmar,
Mas, se alguém me
acompanha,
Vou minha história contar.
Tudo começou quando ganhei
de presente
Uma carteira diferente.
Fiquei empolgada
Queria enche-la de
trocados.
Enquanto papai o carro
lavava, eu o ajudava;
Assim umas moedas sempre
ganhava.
E minha carteira estufava
De repente virou mania:
Quando mais tinha, mais eu
queria.
Por mais dinheiro querer
Acabei por feio fazer
Um dia, com o Lucas fui
brincar
Brinquedos havia no quarto
inteiro;
Mas senti sede, e água fui
tomar
E vi na mesa muitas notas
de dinheiro
Pensei:
Se uma dessas eu levar
Minha carteira mais cheia
vai ficar
Puxei uma e no bolso
escondi
E pra casa logo corri
Ao chegar, fui logo
mostrando:
__Veja o que a mãe do
Lucas me deu!!!
Mamãe olhou com espanto
E minha trama percebeu
Por que será que a mãe da gente
Sempre sabe quando criança
mente?
___Mentira tem perna curta
E tudo o que furta
Será logo descoberto
E deixará o esperto
boquiaberto
Com a mãe do Lucas, mamãe
foi conversar
E num instante da verdade
ficou a par;
Da mentira se certificou
E seu coração quão triste
ficou!!!
Mamãe me chamou
E bem séria disse assim:
___Filha, o que não era
seu você pegou
E ainda mentiu para mim
Quando papai chegou
Veio falar comigo;
Mas bravo não ficou, foi
conversa de amigo:
___Filha nós não podemos
mentir nem pegar as coisas dos outros. Jesus ensinou a falar a verdade sempre e
assim devemos fazer.
Agora pegue este dinheiro e vá devolver
Eu tinha de ir
Não havia saída;
A mentira eu ia admitir
E uma bronca seria
merecida
Toquei a campanhia da casa
do Lucas,
Devolvi o dinheiro e pedi
mil desculpas,
Mas nem bem terminei de
falar,
Saí correndo para não
chorar
Aprendi a lição
Ainda estou vermelha de
vergonha,
Sinto o rosto queimar;
Meu coração parece que
apanha
Mas já posso me acalmar
RENOVAÇÃO ESPIRITUAL
Objetivo: Levar os evangelizando à conclusão que a única maneira de evolução é com a auto-reforma e essa mudança deverá vir de dentro para fora. E para isso devemos aproveitar todas as oportunidades presentes para apressar nosso progresso.
Bibliografia: Evangelização – Conteúdo Programático – U.E.M.; Renovando atitudes, F.C.X/Hammed; Manual prático do Espírita de Ney P.Peres.
Harmonização com música
Prece Inicial
Primeiro momento:
Desenvolver o tema questionando:
è Como fica uma casa quando se está fazendo uma reforma? Desarrumada, muita sujeira e pó, e pode fazer-nos sentir muito mal.
è Por que reformamos nossa casa?(pode significar por que ela esteja ruim e precise reformá-la ou simplesmente necessite melhorá-la, ampliá-la, torná-la mais confortável).
è Quando é necessária uma reforma na casa? (quando ela está em mal estado; é a pintura que está começando a descascar ou se encontra desbotada; descobrimos que precisamos substituir o piso, uma parede, um pedaço do teto; algumas telhas quebradas ou consertar as calhas, etc.)
Levar gravuras de casa em reforma antes e depois.
è Existem outras coisas que podemos reformar? ( escutar as respostas, até chegar “em nós”).
è Podemos sim fazer reforma exterior e interior, como seria a exterior? (mudar a cor do cabelo ou mudar o corte; lipoaspiração; plástica; roupas novas, etc.)
Levar gravuras de pessoas antes e depois de mudanças físicas.
Tudo no universo está em constante progresso, as estrelas, os mundos; a Terra está no processo de renovação de mudança, no futuro só a habitará pessoas que só praticaram o bem.
Fazer reforma interior é transformar, mudar nossa forma de pensar, sentir e agir, ou seja, é transformar sentimentos inferiores que ainda existe em nós.
Fazemos essa renovação de sentimentos é para nos libertarmos das imperfeições dos defeitos e dos vícios, para atingir a perfeição e a felicidade verdadeira, e a partir de nossa transformação, transformar toda a Humanidade.
E como fazer essa renovação interior? Analisando a nossa forma de ser, de pensar e de agir com os outros. Dispor-nos a mudar para melhor; vigiando nossas ações e a corrigindo, na escola, no trabalho, na família, com amigos e inimigos; perseverar no estudo e trabalho; orando, e com o apoio de Jesus e dos nossos anjos guardiães conseguiremos remover as dificuldades naturais, transpondo nossas barreiras. As nossas ações influenciam e muda o meio em que vivemos e as pessoas que nos relacionamos.
Vamos ver que se pode mudar para transformar o coração e sermos pessoas virtuosas?
Segundo momento: O QUE SE PODE MUDAR PARA TRANSFORMAR NOSSO CORAÇÃO -
Para nos transformar precisamos vencer dois inimigos que trazemos dentro de nós, são os defeitos e os vícios. Quando os vencemos nos tornamos em pessoas virtuosas, assim como Jesus que só tem virtudes no coração.
Os vícios são defeitos graves que torna uma pessoa dependente; é inclinação para o mal – oposto da virtude; entre outros. São aqueles hábitos sociais que parecem comuns que os adultos adquirem, mas que trazem sérios problemas orgânicos e mentais.
São vícios: Fumar; Beber; drogas; Jogo; Gula (comer).
Defeito é a imperfeição moral, é deficiência ou uma falha de comportamento, proceder no mal, são as más tendências; sentimentos ruins.
São defeitos: Orgulho e vaidade; Inveja, ciúme; Raiva, Agressividade; vingança, remorso; Egoísmo; Intolerância, impaciência; Preguiça.
E para transformar nosso coração temos as virtudes que substituem os defeitos.
Virtude é uma qualidade que sempre nos leva a praticar o bem e evitar o mal; são conjuntos dos bons sentimentos.
São virtudes: Humildade, modéstia, alegria, bom-humor, resignação, sensatez, piedade, generosidade, beneficência, doçura, compreensão, tolerância, perdão, brandura, companheirismo, renúncia, indulgência, misericórdia, paciência, dedicação, abnegação, vigilância, dedicação, devotamento.
Superamos os defeitos as más tendências exercitando o amor conosco e com o próximo.
E o melhor exemplo a seguir é Jesus (apresentar uma imagem), e seu ensinamento está no evangelho (mostrar o evangelho segundo espiritismo).
Terceiro momento: Vamos ver como é possível fazer essa transformação interior? Vou contar-lhes a história de uma menina da idade de vocês que transformou o coração, sua vida e a vida dos outros.
*A História está em marcadores: História
Quarto momento: DINÂMICAS
1. Lixo mental
Antes de realizar a dinâmica abaixo, o evangelizador, então, falará do lixo que temos “na cabeça”: aqueles pensamentos que nos atrapalham, que nos fazem sentir mal, que nos fazem infelizes e não deixam espaço pra coisas mais importantes, são resultados dos nossos defeitos como a inveja, o egoísmo, orgulho, agressividade, irritação, mágoa, e etc.
Os evangelizando serão convidados a identificarem alguns desses pensamentos em si mesmos e escrevê-los (ninguém vai ler para os outros), pedir que eles escrevam nos quadrados de papéis que forem distribuídos.
A seguir, cada evangelizando irá até o LIXO, e jogará fora o que escreveu. A proposta é que procuremos nos livrar do “lixo mental” a cada dia.
Agora que temos espaço mental, dizer que a próxima etapa é identificar os sentimentos positivos, as virtudes em nós. A proposta é perceber suas qualidades.
2. Tema: O que você gosta em você
Objetivo: Entrar em contato consigo mesmo; perceber suas qualidades.
Aplicação:
a) Dividir a turma em duplas, que se sentem frente a frente.
b) Eles devem escolher quem vai ser o "A" e que vai ser o "B". Os que forem as letras "A" s terão 1 minuto para pensar e dizer aos "B" s, aquilo que mais gostam neles. Terminando o tempo, será a vez dos "B" s dizerem aos "A" s, o que mais gostam neles.
c) Forme agora um só grupo e entregue para cada criança uma flor recortada em papel ( miolo e pétalas).
d) Peça que cada uma escreva seu nome no miolo e em cada pétala, o nome daquelas que considera as suas melhores qualidades. Vamos pintar?
e) Monte um grande mural com as flores de todos.
Fonte: 30 Atividades de Educação Emocional e Intuitiva de Rita Foelker.
ATIVIDADES DE SENSIBILIZAÇÃO
As atividades de sensibilização desenvolvidas na programação da evangelização têm como objetivos:
* levar a criança a perceber suas emoções e sentimentos, bem como suas causas;
* desenvolver a capacidade de gerar estados emocionais favoráveis ao bem estar espiritual;
* expressar o que sentem de forma precisa e eficiente;
* dominar os impulsos sem reprimi-los;
* capacitá-los para que possam perceber e compreender as emoções e sentimentos de outras pessoas;
* melhorar a comunicação entre os evangelizadores e evangelizandos ajudando-os a ajudarem a si próprios;
* auxiliar a construção do senso moral e de relacionamentos éticos
PRECE FINAL
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