SEARA BENDITA – INSTITUIÇÃO ESPÍRITA
GRUPO AUGUSTO CÉSAR NETTO - Faixa Etária de 07 a 12 anos
TEMA: INVEJA
SUBSÍDIOS: Manual Prático do Espírita - Ney Prieto Peres Cap.II – ítem17
Livro dos Espíritos – Allan Kardec – Livro II – Capítulo I
52 Lições de Catecismo Espírita – Eliseu Rigonatti – 37a. lição
OBJETIVOS: Levar as crianças a valorizarem o que possuem, vendo a beleza do que lhes foi dado por Deus. A importância de ser feliz sem invejar o próximo. Não invejamos quando somos felizes com o que temos.
MOTIVAÇÃO:Mostrar um espelho, pedindo para que cada criança se olhe e pense em algo que não gosta em si (ex: cabelo, nariz, boca, etc.). Logo após, sem comentários, contar a estória abaixo.
DESENVOLVIMENTO: ESTÓRIA DO VAGA-LUME PISCA PISCA
Pisca Pisca era um vagalume muito triste. Era pequenino, um pouco feio, e para aumentar a sua tristeza tinha no bumbum uma bola transparente, como uma lâmpada. Vivia escondendo a tal bola com suas asas. Tinha também olhos grandes e escuros que viviam piscando. Certo dia resolveu consultar Dona Coruja que era a mais sábia conselheira daquela floresta.
Pisca Pisca: Dona Coruja, eu queria fazer uma operação plástica para melhorar o meu visual, ou melhor, eu queria mesmo era tirar esta bola horrorosa do meu bumbum! O que a sra. acha?
Coruja: Por que, Pisca-Pisca? Está doendo ou incomodando?
PP: Doer não dói não, senhora! Só acho que é muita feia. Me incomoda. Não serve para nada!
C: Meu filho, Deus não faz nada à toa nem por acaso. Se você tem essa bola é porque para alguma coisa ele serve. Você tem que procurar e descobrir!
PP: Mas... não tem nenhum remedinho que diminua o meu traseirinho?
C: Não, não e não. A sua doença chama-se falta de trabalho. Você tem que descobrir qual é o seu objetivo de vida. Tente encher sua cabecinha com preocupações sadias. Não fique pensando bobagem o tempo todo, nem se comparando com outros colegas. Procure por si próprio e você verá que vai encontrar a sua utilidade. Trabalhe que você sarará logo. Bom, agora deixe-me ir que preciso continuar o meu trabalho. Boa sorte!
PP: E agora, o que eu faço? Não sei nadar como os peixinhos, não sei cantar como os passarinhos e nem dar conselhos como a Dona Coruja, não sei fazer nada!
Ah! Já sei. Vou fazer uma pesquisa na floresta. Vou ver o que os animaizinhos fazem de suas vidas. Quem sabe se assim eu descubro o meu objetivo de vida. Engraçado, como eu não pensei nisso antes? Lá vou eu!!!!
PP: Olá dona Abelha, bom dia! Posso fazer uma pergunta?
Abelha: Bom dia, mas seja breve, porque tenho muito trabalho pela frente para terminar ainda hoje.
PP: Gostaria de saber qual o objetivo de sua vida?
Abelha: Ora, ora...Trabalhar e colaborar para bem estar da nossa comunidade. Nós abelhas, colhemos o néctar das flores, e com isso ocupamos o nosso tempo. Quanto mais trabalhamos melhor fica o nosso mel e com isto vamos progredindo.
PP: Deixe eu anotar no meu caderninho: TRABALHAR E CONTRIBUIR PARA O BEM-ESTAR DA COMUNIDADE. Muito obrigado, dona Abelha, era só isso. Até logo. Agora vou procurar outro colega. Bom dia dona Formiga, posso fazer uma pergunta?
Formiga: Claro que pode, mas não demore muito. Tenho muito trabalho a fazer.
PP: Eu só queria saber qual o seu objetivo de vida.
Formiga: Ora meu amigo, meu objetivo foi e sempre será contribuir para o bem-estar da nossa sociedade, nosso formigueiro! Ajudo a pegar folhas e sementes e guardamos para não morrer de fome no inverno.
PP: Muito bem, anotarei no meu caderninho: TRABALHO EM FAVOR DA SOBREVIVÊNCIA DA SOCIEDADE DAS FORMIGAS. Obrigado dona Formiga, pode continuar o seu trabalho. E a sra. dona Minhoca, posso saber qual o seu objetivo de vida também?
Minhoca: Meu amigo, o meu objetivo é ajudar na construção de um metrô subterrâneo que serve para a passagem dos alimentos que vão sustentar e desenvolver as plantas. Colaboro também para manter a terra bem fofinha.
PP: Espera aí que vou anotar: TRABALHO EM BENEFÍCIO DO BEM-ESTAR DAS PLANTAS E DA TERRA. Muito bem dona Minhoca, até mais. Oi, Dona Aranha posso fazer uma perguntinha?
Aranha: Pois não, mas não repare que eu continue a tecer, está bem?
PP: Qual seu objetivo de vida?
Aranha: Minha rede é a proteção desta árvore cheia de frutas. Os insetos que iriam picar as frutas ficam presos na minha teia.
Obrigado pela lição dona Aranha, e anotando: TRABALHO EM BENEFÍCIO DAS ÁRVORES E DAS FRUTAS. Resumindo amiguinhos: TODOS TRABALHAM EM BENEFÍCIO DE ALGUÉM. E eu?!.... Vou trabalhar em benefício de quem? Fazer o quê? Ah! Que vontade de fazer alguma coisa! Ainda não descobri o meu objetivo de vida! Sou um inútil mesmo!
Lágrimas rolavam de seus grandes olhos, até que ouviu um leve soluço que vinha detrás de uma árvore. Era um veadinho que choramingava assim:
Veadinho: Mamãe, mamãe! Onde está você? Eu me perdi e não sei voltar para casa! Socorro!Socorro! alguém me ajude pelo amor de Deus!
PP: Não chore amiguinho. Vou procurar sua casa. Eu posso voar longe e alto. Fique aqui quietinho, não saia até eu voltar que depois eu levo você para casa.
Veadinho: Muito obrigado. Eu vou mesmo esperar você aqui descansando. Meus pés estão muito doloridos de tanto andar.
Assim dizendo, Pisca Pisca saiu a voar o mais rápido possível para procurar a casa de seu novo amigo. Voou.. Voou muito! Passou o dia inteiro procurando até que encontrou a casa do Veadinho escondida bem no meio da floresta. Estava cansado, porém feliz. Encontrara uma oportunidade de ser útil para alguém. Pousou sobre uma árvore para descansar e começou a pensar:
PP: Já está muito escuro. Como conseguirei trazê-lo de volta nessa escuridão? Vamos nos perder novamente!
Foi aí, que uma estrela surgiu no céu entre as nuvens, foi descendo, descendo e pousou sobre a árvore na qual Pisca Pisca descansava. Toda a árvore brilhou, envolvida pela luz da estrela.
PP: O que é isso? O que está acontecendo? Nunca vi uma brilho tão grande!
Estrela: Eu sou a Estrela Amiga, venho dar-lhe um esclarecimento. Você descobriu que todos nós podemos trabalhar em benefício dos outros. Com boa vontade e esforçando-nos muito vamos melhorando nossas qualidades. Deus não faz nada sem objetivos. Você sabe porquê da bola no seu bumbum?
PP: Não até agora ela só de deixa triste. Nem gosto de lembrar que ela existe!
Estrela: Pois bem. Deus lhe deu esta lâmpada para que você pudesse iluminar a escuridão da noite e ajudar aqueles que estão perdidos na floresta! Com ela você poderá prestar auxílio e socorrer muitos!
PP: Ei, olhe só, o meu bumbum está brilhando igualzinho a você! Milagre!Milagre!
Estrela: Milagres não existem. O seu esforço e o seu trabalho acenderam a luz. A tristeza que você sempre sentia por não estar contente com o que você tinha, sufocou e apagou a sua luz interior. Todos nós temos essa luz interior e podemos mantê-la acesa ou apagada dependendo dos nossos pensamentos. Se ficarmos nos comparando com as outras pessoas, achando que todo mundo é melhor do que a gente, ou seja, invejando o que outros têm e não trabalharmos para melhorar a nossa vida, nossa luz ficará sempre apagada.
PP: Que felicidade! Descobri o objetivo de minha vida! Descobri que posso ser útil às pessoas! Nunca mais vou reclamar do meu bumbum. O que antes era vergonhoso para mim, agora vejo que é muito útil aos outros. Obrigado meu Deus, e desculpe-me por ser mal agradecido. Agora vou voltar e levar meu amiguinho até a sua casa.
Ei, amiguinho, acorde. Encontrei sua casa e sua mãe. Vamos eu levo você até lá.
Siga-me. Minha luz vai conduzir você.
A partir daquele dia Pisca-Pisca teve muito trabalho. Todos os dias guiava alguém perdido na floresta. Descobrira enfim a finalidade de sua existência.
SER ÚTIL, SERVINDO A TODOS, ATRAVÉS DO SEU TRABALHO ESPECIAL QUE SÓ ELE MESMO PODERIA FAZER!
AVALIAÇÃO:Comentar sobre a estória com as crianças, fazendo a comparação com o que pensaram a respeito de si mesmas, conduzindo-as a pensar somente em pontos positivos.
FIXAÇÃO:Deixar que as crianças falem através dos personagens da estória, seus pontos positivos. Música: Maledicência – Coral Sábado de Sol
SUGESTÕES: Teatro de Fantoches, Teatro de Varetas, Teatro de Sombras, Cartazes, etc.
OBS: Demos apenas algumas sugestões. Cada evangelizador poderá desenvolver sua própria aula procurando sempre falar do tema de acordo com a realidade das crianças.