Reconhecer que a paciência revela paz interior no fiel cumprimento dos deveres.
ATIVIDADE INTRODUTÓRIA
Dar a cada participante um pedaço de barbante, com vários nós superpostos, mas não muito apertados, e pedir que desfaçam os nós. Quando acabarem, perguntar:
– Foi difícil realizar essa atividade?
– O que foi necessário para realizá-la?
ATIVIDADE REFLEXIVA
Introduzir a reflexão, instigando a curiosidade para a história que será contada:
– Vocês acham que com paciência podemos conseguir tudo? Até o que parece impossível?
Narrar a Fábula de Esopo: O LEÃO E O RATINHO
Promover a reflexão através das perguntas:
– Por que o leão achava que nunca ia precisar do rato?
– O leão teria saído da armadilha sem ajuda do ratinho?
– Se o ratinho não tivesse paciência teria conseguido ajudar o leão?
– Quais as outras qualidades que o ratinho demonstrou ter?
– A boa ação que fez deu alegria ao ratinho?
– E na vida real, o mais forte, o mais poderoso, pode precisar do mais fraco? Você conhece alguma situação em que isso aconteceu?
Através da exposição dialogada apresentar situações que revelam paciência, como, por exemplo:
– O atleta repete os exercícios de forma disciplinada, paciente e constante até alcançar seu objetivo maior.
– O jardineiro espera, com paciência, a hora de semear, de podar, de regar e de colher.
– O aluno precisa estudar as matérias de que gosta e também as de que não gosta.
– O cientista passa anos e anos, com paciência, pesquisando em seu laboratório até descobrir a cura de uma doença.
– Assim também, com a mesma paciência, trabalham o tecelão, a bordadeira e outros.
Concluir que:
Todo trabalho para ficar bem feito necessita de dedicação e paciência.
A impaciência gera ansiedade, que desgasta e exaure a pessoa e aqueles com quem convive.
Sem a paz interior não se alcança a paciência. Portanto, é importante primeiro cultivar a paz no coração.
Ter paciência nos ajudará a aproveitar bem o tempo, trabalhando sem desânimo para conseguirmos alcançar o que desejamos.
ATIVIDADE CRIATIVA
Propor a dramatização da fábula. Utilizar as máscaras do leão e do rato. (anexos 1 e 2)
Caso o grupo tenha maturidade, propor que simule uma entrevista aos personagens da fábula.
Planejá-la:
– Que perguntas o grupo gostaria de fazer ao leão? E ao ratinho?
HARMONIZAÇÃO FINAL / PRECE
O LEÃO E O RATINHO
Há muito tempo, havia numa floresta um leão muito grande e feroz.
Num dia de inverno, em que o alimento estava bastante escasso, o leão acordou com muita fome. Mal o sol começou a aparecer, levantou-se e saiu para caçar. Andou por toda a floresta, mas nada achou que lhe servisse de alimento. Já de volta para a toca, o leão resolveu parar um pouco para descansar.Nisto, ouviu um ruído. Uma coisa pequena se movimentava. Que seria? Um ratinho!...
Fig. 1- Zás!... E num instante o animalzinho estava preso entre as patas do leão.
– Ai, seu Leão, que susto! Solte-me, por favor – gemeu o pobre bichinho.
– Soltar você? Por que soltar você, se estou morrendo de fome? Você vai ser o meu almoço, falou o leão.
Mas o ratinho insistiu, tremendo de medo:
– Não faça isso, seu leão, sou tão pequeno que nem matarei sua fome. Solte-me, por favor. Um dia, talvez eu ainda lhe seja útil... O leão deu uma risada de fazer medo e disse:
– Útil?!... Quem é você para ser útil ao mais poderoso dos animais? Ora, não seja bobo!... Vou comer você.
Fig. 2- Mas o ratinho tanto pediu, tanto suplicou, que o leão acabou ficando com pena e o soltou.
– O senhor é mesmo muito legal, seu Leão!E o animalzinho assim dizendo com sua voz esganiçada, sumiu-se na floresta.
Muito tempo passou. Muitos invernos, quando os animais, tremendo de frio, procuravam suas tocas. Muitas primaveras, quando a floresta ficava linda e os animais, felizes. Mas, com o passar do tempo, o leão já não corria nem saltava como antigamente. Até para enxergar tinha muita dificuldade.
Certo dia, o leão caminhava vagarosamente, quando, ao passar perto de uma árvore... zás!... uma rede caiu sobre ele. Era uma armadilha! O leão rugia e esperneava, procurando livrar-se da terrível rede, mas nada conseguia. Estava mesmo bem preso. Nisto, ouviu um ruído. Procurou enxergar aquela “coisa” que se aproximava. Esforçou-se e rugiu forte, tentando amedrontar... Então, ouviu uma voz “esganiçada”:
– Que lhe aconteceu, seu Leão, o senhor está preso?
O leão respondeu resmungando:
– Não está vendo?... Quem é você?...
– Ora, seu Leão, o senhor não se lembra de mim... Eu sou o rato. Um dia o senhor me poupou a vida... Agora, vou libertá-lo dessa rede.
O leão ficou muito admirado, mas exclamou com desânimo:
– Oh, rato!... Como pode você, tão pequeno, me livrar dessas malhas horríveis?...
– Tenha paciência, seu Leão, tenha paciência... Eu livrarei o senhor.
Fig. 3- E, assim dizendo, começou a roer as malhas da rede, uma por uma.
Durante horas roeu até fazer um grande rombo para o leão passar.
– Está livre, seu Leão, está livre, pode sair.
Depois, sorriu satisfeito e falou:
– Estou muito contente!... Hoje é um dia muito feliz para mim!