sexta-feira, 2 de dezembro de 2016

A ÁRVORE DO BETO

Lá na minha rua tem um menino chamado Beto.
O Beto é amigo de todo mundo.
Não é amigo só dos meninos, não.
Ele é amigo do dono da padaria, seu Júlio... Toda manhã o Beto entrega o pão na nossa rua.
É amigo do sapateiro, seu Bertoldo...
Ele está até aprendendo a consertar sapatos.
É amigo do seu Nicolau, um velho engraçado, que faz pipocas para a gente. É o Beto quem faz as compras para ele.
O Beto tinha muita vontade de ter uma árvore de Natal. Era o sonho dele. Uma árvore grande, como a da casa do Caloca. Mas o pai do Beto não podia comprar. Todo ano ele prometia, mas todo ano acontecia alguma coisa e ele nunca podia dar a árvore para o Beto.
Um dia, o Beto teve uma idéia.
Lá na nossa rua tem um terreno vazio, um terreno baldio. O Beto resolveu plantar uma árvore lá e esperar até que ela crescesse.
Limpou um pedaço do terreno... Arranjou um pouco de adubo com seu Alexandre, o jardineiro...
Comprou uma muda pequenininha de pinheiro... E plantou no terreno.
Todos os dias, o Beto regava a mudinha dele. Revolvia a terra em volta, tirava os galhinhos secos. Vigiava para não subir formiga. Cuidava da plantinha como se fosse uma gentinha.  E a plantinha foi crescendo, forte e bonita.
Eu não sei quanto tempo o Beto cuidou daquela planta. Foi muito tempo... Até que a árvore do Beto ficou grande, cheia de galhos, uma beleza! Prontinha para virar árvore de Natal.
Na véspera do Natal, o Beto pediu para o seu Nicolau ajudar. Ele ia levar a árvore para casa.
Seu Nicolau veio, com um serrote e uma lata.
- Pra que este serrote, seu Nicolau? – Beto perguntou.
Ué,  é para serrar a árvore, você não quer pôr a árvore na lata, pra levar pra casa?
-Ah, mas assim vai matar a árvore!
- Bem, é assim que todo mundo faz. Serra o tronco da árvore e enterra numa lata.
- Ah, mas isso eu não quero. Minha árvore deu tanto trabalho... Eu gosto muito dela. Não quero matar, Deus me livre...
- Bom, a gente pode desenterrar com cuidado, serrar as raízes...
- Ah, não seu Nicolau, piorou! Serrar as raízes? Parece até que eu vou serrar as pernas dela...
- Mas, então não tem jeito, Beto.
Beto estava com os olhos cheios de lágrimas.
- É, então não jeito. Eu é que não vou matar a minha árvore.
E o Beto foi para casa, muito triste.
A mãe do Beto ficou com pena dele. Fez bolo de chocolate, que ele gostava. Fez cocada, fez rabanada...
O pai do Beto fez um papagaio lindo para ele.
Os irmãos não sabiam o que fazer para ele ficar contente.
O Beto estava muito desapontado. Mas cortar a sua árvore? Nem pensar!
Aí o Beto começou a reparar que havia um movimento diferente lá na rua. O pessoal todo passava, pra lá e pra cá, apressado, com embrulhos.
Seu Nicolau, seu Bertoldo, seu Júlio, os meninos...
Beto chamava os meninos:
-Vamos jogar bolinha, Maneco?
-Agora eu não posso, Beto. Estou ocupado.
- Vamos empinar papagaio, Caloca?
- Agora não, Beto, amanhã, tá?
Beto não entendia nada...
Quando já era de noite, a mãe do Beto chamou:
- Vá tomar banho, meu filho. Está na hora da festa.
A mãe do Beto estava toda arrumada, como quem ia sair.
- Nós vamos sair, mãe?
- Vamos sim, Beto. Vá se arrumar, ande.
O pai do Beto estava impaciente:
- Vamos embora. Só estão esperando a gente...
-  Onde, papai? Aonde nós vamos?
-   É logo ali, Beto, nós vamos à sua festa...
A festa do Beto era no velho terreno baldio. E Beto foi. E, quando chegou lá, sentiu que era uma verdadeira festa de Natal!
O terreno estava limpo. Todos os seus amigos estavam lá: seu Alexandre, seu Bertoldo, seu Júlio, dona Neném, os meninos... Havia luzes; estava tudo enfeitado.
E, no centro do terreno, estava a sua árvore. Grande, brilhante, exatamente como ele tinha sonhado. Cheia de luzes, de bolas coloridas, de guirlandas prateadas. A sua árvore, o seu pinheiro, com os galhos compridos, pesados de presentes.
E todos os seus amigos haviam trazido de casa comidas gostosas.
Tinham arrumado uma mesa bem grandona.
Todos tinham vindo passar a noite de Natal com o Beto.
Todos queriam estar juntos. E uns diziam para os outros:
- Feliz Natal! Feliz Natal!
E o Beto pensava, comovido e feliz:
-  Pra quem tem tantos amigos, todo dia é dia de Natal...


Ruth Rocha, A Árvore do Beto, São Paulo, FTD 



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sexta-feira, 18 de novembro de 2016

MONTE SUAS PRÓPRIAS AULAS




Fato comum na vida de um educador espírita é querer desenvolver um tema com seus alunos e não encontrar uma aula pronta. Por mais que algumas obras tentem preencher todas as necessidades do educador, sempre surgem dentro do interesse da turma, de situações vividas na classe ou dos assuntos momentosos ventilados na imprensa, oportunidades que não pode perder.
Outros grupos preferem criar suar próprias aulas o que, no nosso entender, seria o ideal. Não somos contrários aos currículos e programas importados de outras instituições, quando se mostram eficientes, mas entendemos que o educador sintonizado com o modo de ser de sua turma e com suas necessidades mais agudas tem mais condições de criar aulas que melhor atendem aos seus próprios objetivos, envolvendo as crianças com o tema da forma mais eficiente e profunda.
Como elaborar uma atividade com tema definido para uma aula?

1º passo: Definir o tema.

O ponto de partida é o tema da aula. Sobre o que vamos falar? 
Uma tendência observada nas nossas oficinas e cursos para educadores espíritas, quando se estuda um texto e se pergunta qual o seu tema, é obter respostas como: "egoísmo", "vaidade", "maledicência", etc. 
É claro que não vamos dar aula de egoísmo, mas é difícil para os educadores, de modo geral, definir qual a virtude presente naquele texto. Parece que nossos olhos ainda não estão treinados para enxergar pela ótica do bem.
Ora: vamos falar de confiança, caridade, humildade, cooperação. Quando fazemos esta troca, é incrível como as possibilidades do tema se ampliam! E junto com elas, as maneiras de desenvolvê-lo. Uma historieta sobre os malefícios do egoísmo praticamente termina em si mesma, como uma lição de moral sem grandes vôos para a imaginação e sem abertura para reflexão. Falar sobre a caridade, sobre como a entendemos e como podemos praticá-la, é muito mais interessante.

2º passo: Definir o objetivo.
Toda aula tem um objetivo que compõe, junto com os objetivos das demais aulas, o caminho até uma compreensão mais clara e profunda da vida espiritual e das leis de Deus. Entendemos que esta compreensão não está separada do autoconhecimento, o que significa que em cada aula, pelo menos em tese, deveríamos igualmente descobrir algo sobre nós mesmos.
Pode haver muitos objetivos com relação ao mesmo tema. É possível que todos sejam importantes, mas recomendamos que se escolha um, aquele que vamos nos empenhar em atingir naquele momento. Podemos falar do mesmo tema, com outro objetivo, em próxima oportunidade.
Todo objetivo pode ser encarado como uma pergunta básica, para a qual vamos buscar respostas dentro da estratégia escolhida. Respondê-la vai ser o foco de nossos diálogos e reflexões.

3º passo: Pesquisar textos e material.

Um educador envolvido com seu trabalho está sempre ligado a ele. Se vai preparar a aula da semana seguinte, a idéia para ela pode surgir de uma música ouvida no rádio, de uma frase num outdoor, da cena de um filme, de uma revista folheada no consultório, da Internet, de um tipo de material ou tinta descobertos na aula de artesanato, do lixo reciclável, de um experimento de Ciências, das folhas caídas no chão, enfim, a qualquer momento e em qualquer lugar.
Nossa experiência nos mostrou que, quando estamos receptivos às intuições dos Espíritos orientadores, elas efetivamente surgem, sobretudo se mantemos os canais abertos e as antenas ligadas.
Mas é interessante que a casa espírita disponibilize uma biblioteca e recomenda-se que o educador, na medida do possível, constitua o seu próprio material de pesquisa, com recortes de jornais e revistas, livros, vídeos e outros.

4º passo: Criar uma estratégia que conduza ao objetivo definido.
A definição da estratégia está relacionada à idade e ao desenvolvimento psicossocial das crianças. De que modo este tema afeta nossos alunos? Como eles podem percebê-lo? Que tipo de atividade os interessaria?
Motivação
Toda atividade precisa de motivação. Motivar é criar interesse pelo tema e vontade de saber mais sobre ele. Tradicionalmente, isto é chamado de incentivação inicial. Preferimos falar em motivação porque carece estar presente do começo ao fim e, muitas vezes, quando percebemos que diminuiu durante a atividade, precisa ser retomada.
A motivação pode estar ligada à percepção da utilidade do assunto; à possibilidade de aplicação prática na vida; ao reconhecimento dos resultados; ao interesse real e envolvimento emocional do educador. O reforço positivo de comportamentos em classe também é altamente motivador.
Desenvolvimento
Vamos começar um diálogo sobre as questões relacionadas ao texto. Para isto, podemos usar uma dinâmica de grupo. 
Atividades Finais
Proponha uma atividade recreativa ou artística, de preferência interativa, como a criação de frases, textos, cartazes, desenhos, onde se possa de alguma forma sintetizar as respostas encontradas pelo grupo. 

5º passo: Avaliar resultados.

A avaliação é permanente, pelas próprias respostas e atitudes dos alunos, não só no presente, mas no futuro. 
Avalie o seu próprio desempenho: se você foi claro, criativo, intuitivo, ou confuso, rígido... Soube perceber quando a discussão tomava um rumo interessante e explorá-lo? Houve momentos em que a aula ficou cansativa? Por quê? Houve momentos em que receou se perder do objetivo? Ele foi atingido?
Utilize esta avaliação para planejar suas próximas aulas.
Pondo em prática
Às vezes não é fácil ser racional e intuitivo, seguir o planejamento e, ao mesmo tempo, ter agilidade para mudar se necessário, e ninguém pode ensinar como fazer isto.
Muitos deixam de ser mais hábeis e criativos nas aulas por medo de errar. Aliás, um dos grandes fatores de ansiedade para os educadores que temos encontrado em nossas caminhadas é a insegurança quanto ao conteúdo. Será que realmente estão em condições de abordar um tema doutrinário com clareza e precisão? - eis o que nos perguntam.
Sempre digo que quem vai falar de Espiritismo para as crianças e os jovens deveria ser o mais assíduo participante dos estudos doutrinários da Casa. Mas há duas realidades que precisamos encarar:

1º)Jamais vamos saber tudo, absolutamente tudo, portanto nem sempre teremos todas as respostas.  
 É bem verdade que aprenderemos muito enquanto planejamos as próprias aulas, lendo livros, mas nosso saber doutrinário tem necessariamente um limite. 

2º)Mais cedo ou mais tarde, todos podemos nos enganar. Aliás, é muito raro encontrar alguém que nunca se enganou. Podemos dizer alguma bobagem, deixar uma impressão errada com relação ao tema. Por isso, sempre que vamos pesquisar um assunto, é recomendável verificar o que as obras de Allan Kardec dizem sobre ele.
E quando não soubermos como responder uma pergunta, o melhor é dizer que não sabemos, mas que vamos procurar nos informar. Assuma, quando der uma resposta da qual não tenha plena certeza e confie nisto: se você errar em alguma informação fundamental, a vida lhe trará a oportunidade de rever e de retomar o assunto com o enfoque correto.
Às vezes, nossa insegurança não vem da falta de conhecimento de Espiritismo, mas é um traço emocional, faz parte da nossa personalidade e também aparece em outras ocasiões. Será que este não é o seu caso?
Montar um plano de aula bem estruturado, conhecer bem os seus alunos e confiar nos Amigos Espirituais são maneiras de diminuir ansiedades e inseguranças.
Cobrar de si mesmo perfeição e infalibilidade é um dos aspectos da vaidade e do orgulho. Ser natural e aceitar a possibilidade de falhar é ter humildade e aceitar-se como ser humano e como Espírito em evolução.
Respeito, naturalidade, sinceridade e dedicação vão nos ajudar a progredir em conhecimentos e na tarefa educacional.

Exemplo prático

Vamos verificar um plano de aula com base nos passos sugeridos acima?
Tema: Espiritualismo e Espiritismo

1ºpasso: Definir o tema.
Conceituação do Espiritismo: O que é o Espiritismo? O que caracteriza mais fortemente o Espiritismo enquanto Doutrina?

2ºpasso: Definir o objetivo.
Nosso objetivo principal será levar a perceber as principais diferenças entre o Espiritismo e o Espiritualismo. O trabalho será dirigido à Pré-mocidade, na faixa dos 12 aos 14 anos. Pergunta-chave: qual a diferença entre Espiritismo e Espiritualismo?

3ºpasso: Pesquisar textos e material.
Em O Livro dos Espíritos, vamos buscar na "Introdução ao Estudo da Doutrina Espírita", primeiro parágrafo, como Kardec define estas duas palavras.
Vamos procurar figuras ou músicas que mostrem manifestações de crenças espiritualistas de todo o mundo, como Budismo, Catolicismo, Xamanismo, Hinduísmo, Judaísmo, etc. 
Há também um texto intitulado "Espiritualismo e Espiritismo", escrito por nós, que se encontra no livro Um Pouco Por Dia, Ed. EME. É uma fonte adicional de consulta.

4ºpasso: Criar uma estratégia que conduza ao objetivo definido.

Motivação

Nossa proposta é de preparar o ambiente espalhando fotos ou imagens diversas de manifestações espiritualistas, no maior número possível.
Frases ou pequenos textos de tradições diversas podem ser usados. Mantras, canto gregoriano, tambores rituais, etc. fariam o fundo musical. Coloque também O Livro dos Espíritos, em destaque.
Os alunos entrarão na sala e serão estimulados em sua curiosidade a respeito do material exposto. Esta já é uma maneira de levar a perceber também a sociedade e suas diferenças, o que, nesta faixa etária, se torna bastante interessante.
Desenvolvimento
Quando todos estiverem presentes, peça que se sentem, desligue a música e pergunte se eles sabem o que é tudo aquilo. O que aqueles sons, imagens e textos têm em comum? Todos representam a crença em alguma realidade fora da matéria. 
E o Espiritismo? Onde se encaixa?
Inicie um diálogo, com base no texto pesquisado n' O Livro dos Espíritos.
Destaque o fato de que todas as crenças são legítimas e precisam ser respeitadas.
O Espiritismo, porém, tem algumas características que o diferenciam do Espiritualismo (ver quadro comparativo).

Atividades Finais

Confeccione tiras com as características apresentadas no quadro. Use uma cartolina dividida ao meio com as palavras Espiritualismo e Espiritismo escritas no alto, uma de cada lado. Peça aos alunos, um a um, que vão pegando da mesa as tiras e colocando-as nos lugares certos.
Peça aos alunos que, se souberem, completem o quadro com outras diferenças, sempre justificando suas opiniões. Que tal ouvir as músicas novamente?

5ºpasso: Avaliar resultados.

Proponha aos alunos que montem, em grupo ou individualmente, uma apresentação destacando e explicando as principais características da Doutrina Espírita estudadas. Ex.: Fé raciocinada, o que é, qual sua importância; etc. Este trabalho poderá ser apresentado no próximo encontro.
Agora, se perceber que a classe já está madura para um estudo mais minucioso, indique a leitura de O Livro dos Espíritos, "Introdução ao Estudo da Doutrina Espírita, VI - Resumo da Doutrina dos Espíritos". Peça que cada um escolha um parágrafo e traga um pequeno comentário sobre ele, no próximo encontro, explicando o que entendeu.


 Rita Foelker -

TESOUROS DO CORAÇÃO - O VALOR DAS COISAS SIMPLES






Turma infantil

Tema: Tesouros do coração - O valor das coisas simples
Objetivo: Ajudá-los a se sensibilizarem mais com as coisas espirituais e simples da vida. Levá-los a refletir sobre a transitoriedade dos bens terrenos e a sua completa inutilidade na vida espiritual.
1- prece;
2.Perguntar quais são, para eles, as coisas mais importantes do mundo.
* Ouvir e comentar todas as respostas. Não dar uma resposta própria. Ao longo da aula, eles terão a oportunidade de reforçar ou modificar suas opiniões.
3.Colocar para eles a história "O toque de ouro", faixa nove do CD "Momento Espírita para crianças - Volume I".
* Sobre ela, fazer as seguintes perguntas:
O que acontece na história?
O que mais chamou a atenção?
Qual a grande diferença entre pai e filha?
Quem era o moço que apareceu duas vezes para o rei?
O que o rei aprendeu afinal?
4.Pudemos ver na história que os bens da Terra têm uma importância muito menor que as coisas do coração. Também vimos que as coisas simples podem nos dar um prazer muito maior do que aquelas que se compram com bastante dinheiro. Vamos agora citar coisas que trazem felicidade e não são difíceis de se adquirir.
* Deixar que falem. Em seguida, auxiliá-los com alguns exemplos: o amanhecer e o entardecer; o canto dos passarinhos; uma fruta madura no pé; um abraço de avó; a carta de um amigo distante, ou um telefonema; um jogo de bola, bolinha de gude, xadrez, ou uma pipa no céu; o riso de uma criança; o cheiro de comida quentinha; um banho quando estamos cansados; a nossa cama, depois de um dia longo; o vento batendo no rosto; ouvir ou ler uma história interessante; uma surpresa; ouvir ou dizer palavras de afeto...
5.Valorizar as coisas simples e dar importância maior aos bens do coração não é invenção do criador da história ou dos evangelizadores.
Jesus nos disse:
19 Não ajunteis para vós tesouros na terra; onde a traça e a ferrugem os consomem, e onde os ladrões minam e roubam;
20 mas ajuntai para vós tesouros no céu, onde nem a traça nem a ferrugem os consomem, e onde os ladrões não minam nem roubam.
21 Porque onde estiver o teu tesouro, aí estará também o teu coração.
* Após citar o trecho, perguntar o que entenderam dele. Comentar que todos os bens da Terra são transitórios, ou seja, passam, não vão conosco para a outra vida. Já os bens do espírito - amor, carinho, amizade, respeito, responsabilidade, honestidade, caridade, humildade e muitos outros - levamos com a gente para o plano espiritual e são conquistas que ninguém pode nos tirar. Se nos preocupamos muito com as coisas materiais, sofremos muito ao desencarnar, porque elas não vão nos acompanhar. Já se cultivamos os valores espirituais não teremos grandes problemas ao deixar a vida corpórea.
Onde estiverem os bens que tivermos adquirido, estará o nosso coração, quer dizer a nossa felicidade. As coisas caras e os prazeres materiais que requerem dinheiro não duram para sempre, nem podem ser adquiridos a qualquer tempo. Seremos mais felizes se dermos valor aos bens singelos e às boas sensações do espírito, que podemos cultivar em qualquer tempo.
Aquele que só se importa com as coisas do corpo tem seu tesouro no plano físico e a ele fica preso ao morrer, o que dificulta muito seu crescimento espiritual.
6.Alimentar a alma - Da mesma forma que nosso corpo tem necessidade de alimento, nossa alma precisa ser sustentada. Como assim? Precisamos dar algum tipo de comida para nosso espírito?Não exatamente.A alma se alimenta das sensações, dos prazeres e das dores. Quanto mais suave for o alimento, mais saudável será a alma. Aquele espírito que se "alimenta" com coisas pesadas - álcool, drogas, cigarro, ódio, inveja, mentira - acaba por se adoecer e fica preso às zonas inferiores, onde a felicidade não está presente.
7.Tudo isso quer dizer que devemos tratar o dinheiro como coisa desprezível?
* Não. Devemos apenas "colocá-lo no seu lugar". Ele é importante para a vida na Terra, mas precisamos deixar bem claro quem é o dono de quem.
Não podemos ser escravos dele, em momento nenhum. A falta dele não é o fim do mundo, embora pareça, algumas vezes.
Prece Final

HUMILDADE



Objetivo: Conscientizá-los da importância que a humildade tem na elevação da criatura humana e do fato de que todos têm sua relevância no universo. Ajudá-los a ver que não existe superioridade verdadeira de um sobre o outro, só por causa da função exercida, do dinheiro, da posição ou das aparências.
1. Prece;
2. Colocar para eles a historinha "O burro de carga", faixa cinco do CD "Momento espírita para crianças", volume I.
* Verificar o entendimento da história. Em seguida, perguntar o que acharam da atitude do cavalo árabe, do inglês, do alemão, do jumento espanhol, do burro de carga e do rei.
2.1. Que sentimento levava os outros animais a tratarem mal o burrinho de carga? E este, por que não reagia?
* Ajudá-los a perceber que eles se sentiam muito superiores a ele. Esse sentimento tem o nome de orgulho. Já o burro que era humilhado era humilde, tinha consciência das suas fraquezas e não desprezava ninguém.
Ele não era simplesmente um fraco, como pensavam. Não reagia porque sabia serem falsas ou exageradas as acusações e passageira a glória dos outros.
2.2. Trazendo para nossa vida essa história, quem o rei e o burrinho representam?
* Ouvir e comentar respostas. Auxiliá-los a ver que o rei pode ser entendido como Deus e o burrinho como aquela pessoa humilde e trabalhadora, disposta à tarefa do bem a qualquer tempo.
2.3. Perguntar-lhes: na opinião de vocês, por que os outros animais contavam tanta vantagem a respeito de si mesmos?
* Após as respostas das crianças, comentar que provavelmente eles mesmos não estavam muito certos de terem as virtudes que alardeavam. Quando ficamos contando vantagem sobre alguma virtude, freqüentemente queremos convencer a nós mesmos de que a temos. Quem é de verdade não precisa dizer: os outros simplesmente vêem. Assim, quem é inteligente de fato não precisa dizer que é, porque qualquer um pode perceber isso; quem é honesto, responsável ou bondoso não necessita gritar isso, ou tentar convencer os outros de que é, muito menos desmerecer os méritos alheios para elevar os seus. Se as virtudes forem verdadeiras, elas se imporão por si. Observar que, muitas vezes, aquele que faz propaganda de uma virtude tem pouco mais do que ela de que se orgulhar.
3. Pedir que dêem exemplos de atitudes humildes.
* Após ouvi-los, dar alguns exemplos: reconhecer que nós também erramos.
Há muitas pessoas que pensam que os outros erram, mas que elas estão sempre certas. Em uma discussão, raramente conseguem perceber que o outro pode ter alguma razão. Em várias situações na vida, acham que a culpa pelos problemas é sempre de outras pessoas ou de Deus. Pedir desculpas, mesmo que não estiver totalmente convencido de que errou. Às vezes, erramos sem querer e não notamos, mas outras pessoas nos mostram nosso equívoco e é nosso dever moral pelo menos nos desculpar. Tratar com respeito aqueles que, teoricamente, são inferiores a nós. Se, em uma matéria, somos muito melhores que um nosso colega, não é certo que fiquemos "jogando isso na cara dele". Não ficar falando para os outros que somos isso e aquilo de bom. Tratar os que têm menos que a gente com o mesmo respeito que gostaríamos de ser tratados pelos que têm mais.
Aceitar ajuda - ninguém consegue fazer tudo sozinho. Reconhecer que não sabemos alguma coisa. Ouvir o que os outros estiverem falando. Mesmo que, na nossa opinião, eles estiverem falando besteira, pode ser que algo de proveitoso tenham a expor.
3.1. Pedir que citem atitudes orgulhosas.
* Todas as contrárias às que citamos no item acima, além de outras, tais como olhar com desprezo para uma pessoa mal vestida, não aceitar fazer um trabalho tido como inferior, como lavar vasos sanitários ou louças, não admitir críticas, não admitir nossa própria inferioridade. Não acreditar em Deus é um ato de extremo orgulho, porque faz com que a pessoa se julgue superior, sem ninguém acima dela. Querer que todos
tenham a nossa opinião. Achar que nossa palavra não pode ser contestada, que os outros devem fazer tudo como nós fazemos ou mandamos. Tratar as pessoas como se não precisássemos delas. Achar que os outros não merecem ter coisas boas que nós temos.
4. Existe vantagem em ser humilde? Qual?
* A pessoa humilde evolui mais depressa, porque reconhece seus defeitos e isso é o primeiro passo para os eliminar. A humildade leva a pessoa a cultivar outras virtudes, como o respeito, a paciência, a tolerância e a compreensão dos erros dos outros, esta porque sabemos sermos nós mesmos cheios de falhas. O humilde aceita com mais facilidade a vontade de Deus, o que faz com que seja mais tranqüilo para ele cumprir sua missão aqui na Terra.
Por outro lado, o orgulhoso mente para si mesmo, porque se acredita muito melhor do que verdadeiramente é. Ele pode ofender muitas pessoas no caminho, porque seu orgulho não lhe permite ver que elas não são seres inferiores, que merecem ser tratados como tal. Aquele que alimenta o orgulho tem dificuldades na convivência com os outros, além de preparar para si mesmo momentos de sofrimentos, sendo vários deles ligados à percepção de quem realmente são, que muitas vezes vem de forma amarga.
Quem é humilde sabe servir ao próximo. Isso contribui não só para a evolução daquele que serve, mas também para a melhoria do planeta, para a paz na Terra.
5. Pedir que citem o nome de alguma pessoa muito humilde que conheçam ou de quem já tenham ouvido falar.
* Conduzi-los à percepção de que Jesus, além de ensinar a humildade através das palavras, exemplificou-a o tempo todo. Ele, o maior homem que já passou pela Terra, não humilhou ninguém com seu poder, com sua superioridade. Poderia, certamente, ter escolhido nascer rico, em meio a ouro e roupas bonitas. Teria todas as possibilidades de assumir o poder, de mandar nas pessoas da época, se assim quisesse. Se fosse orgulhoso, não quereria andar no meio de pobres, prostitutas, cegos e estropiados.
Não trataria a todos como seus iguais. Não chamaria a todos de irmãos, nem se curvaria diante do que percebia ser a vontade do Pai.
O Mestre nos disse que "Bem-aventurados são os pobres de espírito, porque deles é o Reino dos Céus". Quis dizer com isso que a felicidade é para os humildes, aqueles que não procuram rebaixar os outros, que sabem se colocar na sua posição exata diante de Deus, de si e dos homens.
Jesus, ao pregar a humildade, sabia que ela é a mãe de outras virtudes muito importantes para o nosso crescimento.
Ele disse também que "Os exaltados serão humilhados e os humilhados serão exaltados". Isso significa que aqueles que buscam se elevar acima dos homens acabam se tornando os mais baixos diante de Deus, enquanto aqueles que fazem a vontade deste e aceitam servir ao semelhante elevam-se diante do criador.
* Contar-lhes a cena da Santa Ceia, em que Jesus lava os pés e as mãos dos doze apóstolos, que estavam com ele. Na época, essa tarefa era feita por escravos e, antes da chegada do nazareno, os seus companheiros discutiam à cerca de quem faria tão subalterna atividade. Após lavar-lhes os pés e as mãos, Jesus falou-lhes:
"Aquele que quiser ser o maior dentre vós, seja o menor", deixando claro que a verdadeira virtude está na humildade.

quinta-feira, 10 de novembro de 2016

TESTANDO CONHECIMENTOS



A aula na verdade será um jogo de perguntas e respostas sobre os 5 livros básicos da Codificação trazida por Allan Kardec.

Divide-se a turma em aproximadamente 5 grupos.

No quadro, cola-se as 5 imagens da capa dos livros, ou pode mesmo levar os livros para os grupos visualizarem, sem deixá-los tocar.

Cada grupo na sua vez, escolherá 1 livro para que seja feita para ele, uma pergunta qualquer sobre aquele livro. As perguntas devem ser de preferência, difíceis e úteis, pois o objetivo dessa dinâmica, deve ser que os jovens aprendam e percebam o quanto eles precisam estudar.

 Em cada rodada, cada grupo deverá escolher um livro diferente do outro.

Ganha o grupo que conseguir acertar mais perguntas.

Abaixo seguem alguns exemplos de perguntas, mas é interessante que o facilitador a escolha dependendo do nível da turma.

O Evangelho Segundo o Espiritismo
 Cite 4 capítulos do Evangelho.

A Gênese
 Qual a parte da Gênese que fala de Jesus?

 O Céu e Inferno
 De que trata o livro Céu e Inferno?

O Livro dos Espíritos
Qual o ano de lançamento de  O livro dos Espíritos?

 O livro dos Médiuns
 Qual o subtítulo do Livro dos Médiuns?

 Enviado por Laís Carine (inspirado em Andrea Nelby)

terça-feira, 25 de outubro de 2016

CASA ESPÍRITA

Resultado de imagem para pelos caminhos da evangelização - terça-feira, 25 de outubro de 2016 CASA ESPÍRITA

O JOVEM E A RELIGIOSIDADE




INTRODUÇÃO

- Perguntar ao grupo o que entendem por religiosidade e registrar num quadro.

DESENVOLVIMENTO

- Trabalhar diferença entre religião e religiosidade:

Cada Religião: É uma doutrina filosófica específica, embora todas versem basicamente sobre a relação entre as criaturas humanas e o seu Criador. Cada uma tem seus próprios pontos de vista doutrinários. É revelada DE FORA PARA DENTRO. Tem estruturas definidas, preceitos, dogmas, determinações.

A Religiosidade: É uma só (embora possa se manifestar de maneiras diferentes) e consiste simplesmente na interação entre cada criatura humana e o seu Criador, sem a obrigatoriedade do concurso dessa ou daquela religião.

Em outras palavras, a Religiosidade pode ser a ligação do ser humano a Deus.


- A raiz etimológica das duas palavras: religare: “ligar”, “prender”. Que se refere ao um religar-se/ ligar-se / conectar-se com a divindade.

- A religião é um meio e não um fim. O fim/finalidade é a nossa conexão com a divindade, com o sagrado.

- Experimentamos a religiosidade, ou seja nos sentimos religados ao Criador, em situações diversas, independente de estarmos num templo.

Ao fruirmos da experiência de beleza, de encontro, de introspecção, ao nos depararmos com o não explicado, não controlado, na alegria, na dor, na dúvida, na clareza, no obscuro.

- É a busca de sentido em tudo que existe, em tudo que fazemos.

- Ler citação de Einstein sobre sua experiência religiosa:
“A mais bela e profunda emoção que se pode experimentar é a sensação do místico. Este é o semeador da verdadeira ciência. Aquele a quem seja estranha tal sensação, aquele que não mais possa devanear e ser empolgado pelo encantamento, não passa, em verdade, de um morto.
Saber que realmente existe aquilo que é impenetrável a nós, e que se manifesta como a mais alta das sabedorias e a mais radiosa das belezas, que as nossas faculdades embotadas só podem entender em suas formas mais primitivas, esse conhecimento, esse sentimento está no centro mesmo da verdadeira religiosidade.
Minha religião consiste em humilde admiração do espírito superior e ilimitado que se revela nos menores detalhes que podemos perceber em nossos espíritos frágeis e incertos. Essa convicção, profundamente emocional na presença de um poder racionalmente superior, que se revela no incompreensível universo, é a idéias que faço de Deus.”


- Trabalhar letra da música: “Juventude e vida” (Lúcio Abreu e Tim)

Vida na verdade
É plena liberdade
Enriquecida de amor
Força da vida, o Bem em plenitude
Os braços da Juventude
Garantindo uma estrada florida
Como linda borboleta que sai do casulo
De asas tão coloridas
Surpresa descoberta
É a liberdade já quase perfeita

Juventude e vida
O Saber namora o coração
O Pai conta com a definição
De quem na Verdade valoriza a vida


(Ouça a música no site de Tim e Vanessa: http://www.timevanessa.com.br/mp3.htm - A música "Juventude e Vida" está no álbum "Pétalas da Inspiração")

- Juventude: fase de definições, de sedimentação das bases de nossa personalidade e de concretização dos primeiros passos na jornada independente.

Começamos a realizar mais escolhas e lidamos mais amplamente com a questão do livre arbítrio e da responsabilidade advinda dele.

- Fase em que temos mais energia e ao mesmo tempo maior exercício de escolha: o que pode nos impulsionar para um caminho de bem ou de dores, conforme utilizarmos nossos dons.

- “Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas convêm; todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas edificam.” (Paulo, I Coríntios, 10:23)
Como escolheremos entre o que convém ou não? Entre o que edifica ou não?
Uso da consciência.

- Mas nossa consciência muitas vezes se encontra entorpecida, vamos nos conduzindo por distrações e esquecendo o essencial.

- Longo período de sono: emergem conflitos, contradições e mantém-se sensação de incompletude. Se continuamos tentando agir sem enxergar o essencial, mais nos frustramos e sofremos.

- Precisamos DESPERTAR (ler trecho de “O ser consciente”, Joanna de Angelis, pg. 163)

- 634 (L.E.*)- BEM E MAL: estados transitórios que Deus nos apresenta para que o espírito ganhe experiência.

- Deus é amor, não existe nada fora de Deus, portanto deduzimos que não existe nada fora do amor. O que é contrário à lei de Deus, na realidade não existe de forma absoluta; podemos afirmar que o seu existir tem caráter simplesmente transitório.
Ao atuarmos de acordo com a lei do Criador, entramos em Seu campo vibratório, e passamos a desfrutar da nossa herança, que é a vida em toda sua plenitude.

- Quando agimos fora da lei de amor, nos desequilibramos e fica registrada a necessidade de reparação. A criação providencia que pela lei do retorno voltemos ao equilíbrio, refazendo o caminho percorrido, em sentido contrário, dessa vez retomando o campo do amor. Não se trata de punição, mas de resgate de uma alma para o seu caminho adequado.

- Religiosidade: escolher o caminho do amor para nos ligarmos à presença divina que está em tudo. Estar ligado a Deus em nossa vivência cotidiana através da experiência de Deus que fazemos no íntimo de nosso coração.

- A prática religiosa pode facilitar esse processo de ligação:

Fortalecimento espiritual e psicológico

União com outras pessoas, formação de laços

Vinculação a um ideal de amor, de bem, de religare

Manter um padrão de equilíbrio

Auxilia na formação de valores para a vida...

- Mas precisa ser um exercício de amor e de verdade.

Senão torna-se uma prática artificial, puritanismo sem sentido, só para “fazer parte”, sem nem saber para quê, somente alimentando mais nossas vaidades com autoritarismo e orgulho.

Superar o “parecer, ter” para alcançar o “ser”. Não seguir modismos, não prender-se a uma prática hipócrita, convencionalista e superficial.

ISTO É RELIGIÃO SEM RELIGIOSIDADE. Ações externas sem fé íntima.

- Libertar-se dos dogmas para questionar (pergunta com horizonte de resposta, e não ato banal) e encontrar uma relação integradora homem-Deus.

- Relação com a divindidade que “plenifica e o liberta da ansiedade, da solidão, do medo. As suas aspirações não se fazem atormentadoras; não mais surge a solidão como abandono e desamor, e dilui-se o medo ante uma religiosidade que impregna a vida com esperança, alegria e fé. O germe divino cresce no interior do homem e expande-se, permitindo que se compreenda o conceito paulino, que ele já não vivia, mas o Cristo nele vivia” .

“A religiosidade é uma conquista que ultrapassa a adoção de uma religião; uma realização interior lúcida, que independe do formalismo, mas que apenas se consegue através da coragem de o homem emergir da rotina e encontrar a própria identidade”.

Joanna de Angelis, em "O homem integral"

FECHAMENTO:

Reflexão:
- 842 (L.E.) : Como reconhecer uma crença verdadeira?

Pensar: O Espiritismo tem sido adotado por você de maneira a agir no bem? Se não, é preciso rever o modo como estamos adotando tal crença


* L.E.: Livro dos Espíritos; Allan Kardec
Do Blog Que Brilhe a Vossa Luz

"Vós sois o sal da terra, vós sois a luz do mundo"

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A apresentação abaixo segue esta linha: a passagem evangélica que é o tema do encontro, tópicos com ideias gerais sobre o tema, a dinâmica da aula.

Passagem evangélica:
"Vós sois o sal da terra; e se o sal for insípido, com que se há de salgar? Para nada mais presta senão para se lançar fora, e ser pisado pelos homens.
Vós sois a luz do mundo; não se pode esconder uma cidade edificada sobre um monte;
Nem se acende a candeia e se coloca debaixo do alqueire, mas no velador, e dá luz a todos que estão na casa.
Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai, que está nos céus."
(Mateus, 5: 13-16)


Tópicos:

- Sal insípido e luz escondida: aqueles que se afastam das verdades divinas, não procurando crescer em espírito, seguir seu destino de filho do Criador.
- Os discípulos de Jesus são a luz do mundo e o sal da terra, contribuindo para que essa iluminação e esse tempero, essa contribuição para a fertilidade e bonanças se façam presentes no mundo.
- Sal: dá sabor, protege os alimentos da putrefação, confere fertilidade o terreno.
Dá novo aspecto à vida, assim como o conhecimento da mensagem cristã.
Conhecimento nos protege, nos auxilia a ler melhor a realidade.
- A importância no equilíbrio na hora de "salgar": cuidar do modo como compartilhamos.
- Luz: necessária à vida. Iluminar todos que estão em casa: ampliar a visão para caminhar e usufruir do que há no caminho.
- A vida sem espiritualidade é insípida: para vencer essa condição insuportável, muitas vezes procuramos o "sal" no lugar errado. É preciso considerar o verdadeiro remédio para nossos problemas.
- Se o sal não salgar: se o conhecimento não servir à transformação e não for compartilhado não presta, ou seja, não é útil ao que se destina.
- Eu divino: potencial para alcançarmos as bem-aventuranças. Centelha divina em nós.
- Somos iluminados e depois podemos iluminar.
- O chamado é claro, sia dentro de nós. Precisamos deixar isso que é grande se expandir ainda mais, edificar a cidade sobre o monte: elevação.
- Não se deve esconder o bem que já possuímos. Colocar a candeia sobre o velador: elevar nossas ações e sentimentos, deixar que iluminem ao redor.
- A casa de Deus é o universo: devemos expandir nossa luz a todos na casa.
- Seremos reconhecidos por nossas ações.

Aula:

- Os alunos estarão em círculo, no centro estarão fichas com sentimentos/qualidades diversos/as, "positivos" e "negativos" (entre aspas, pois o que define uma coisa e outra é o nosso julgamento, já que o que sentimos não é bom ou mau em si). Ex.: Amor, esforço, orgulho, vaidade, alegria, egoísmo, honestidade, tranquilidade, inveja, carinho...
Pedir que escolham dois entre eles e conversaremos. Cada um compartilhará um momento, uma situação em que aquele sentimento está/já esteve presente. Se for algo "positivo", dizer quando faz uso daquele sentimento ou quando ele fica presente. Se for algo "negativo", compartilhar quando aparece, como se sente quando ele está presente.

- Ouvir depoimentos e depois discutir em roda sobre a necessidade do exercício das tendências que contribuem para nosso crescimento e da superação daquelas que nos estagnam ou atrapalham na jornada evolutiva.
- Trabalhar a passagem evangélica, elucidando as metáforas presentes no texto (tópicos acima).

- Teremos algumas questões, os alunos as escolherão de maneira aleatória e responderão escrevendo em uma folha de papel:

Tenho me esforçado para ser como o sal, que dá sabor e conserva? Como tenho lidado com os conhecimentos que adquiro?

O meu conhecimento espiritual tem gerado mudanças no meu modo de pensar, agir, falar? Quais?

Assim como o sal preserva os alimentos, como o conhecimento cristão pode me preservar?

Como ser luz no dia a dia?

Tenho iluminado ao meu redor? Como?

Eu acendo ou escondo a minha luz?

O que preciso modificar internamente para iluminar a mim e aos outros?

- Discutir as respostas, ampliando a reflexão sobre a passagem evangélica partindo para a experiência pessoal dos adolescentes.

- Entregar uma lembrancinha com a passagem evangélica escrita.


Esta é só uma das infinitas possibilidades de gerar reflexões sobre esta passagem. Exercite-se a partir do que está aqui, faça leituras, aprofunde o tema, abra seu canal de inspiração.
Faça bom uso dessas ideias iniciais e adapte como achar melhor para o contexto em que for aplicar os ensinamentos do Cristo!
Se depois quiser compartilhar conosco suas adaptações, será muito bom. Assim enriquecemos ainda mais nosso conhecimento!
 
 do blog - Que Brilhe a Vossa  Luz