Plano de aula sobre Amor ao Próximo – 2º Ciclo da Infância.
Prece inicial:
Conceito específico: Maior mandamento da Lei de Jesus: “Amarás o Senhor teu Deus de todo coração e de toda tua alma, e de todo o teu pensamento, e a próximo como a te mesmo”.
Técnicas:
• Interrogatório.
• Trabalho individual.
• Trabalho em grupo.
• Exposição participativa.
Recursos:
• Cartaz.
• Lápis e papel (em tiras).
• Texto para os alunos.
1º. Momento:
Colocar cartaz com as seguintes perguntas:
- Quem é o nosso próximo?
- Que temos de nós próprios para dar ao próximo?
Distribuir papel e lápis e pedir para que cada um responda individualmente essas duas perguntas. Recolher os papes e redistribuir entre a turma de modo que cada um leia o que o outro escreveu e faça seus comentários.
2º. Momento:
Dividir a turma em dois grupos e distribua os textos 1 e 2. Pedir que leiam com atenção e respondam as perguntas sugeridas. Determinar um tempo para esse momento.
3º Momento: Ouvir as respostas e acrescentar se for necessário.
Prece final:
Avaliação:
A aula será considera satisfatória se os evangelizando derem um conceito de amor ao próximo na visão espírita e responderem acertadamente as perguntas feitas no decorrer da aula.
Plano de aula elaborado por Teresinha Medeiros baseada na apostila da FEB – Federação Espírita Brasileira – 2º Ciclo da Infância – Modulo III – Coleção 4 – Conduta Espírita e Vivência Evangélica
O Negocio da Doação - 1
O professor Chaves, pioneiro da Doutrina Espírita em Uberaba - Minas, foi procurado por prestigioso amigo do campo social, que falou sem rebuços:
- Chaves, agora desejo doar duzentos contos para as obras espíritas; entretanto, como você não desconhece, tenho aspirações políticas desde muito tempo.
O distinto educador, sumamente conhecido por sua virtuosa austeridade, guardava silêncio.
O outro prosseguia.
- Já auxiliei construções espíritas numerosas, mas tudo sem resultado. Tenho apenas recebido ingratidões e mais ingratidões. É uma lástima. Em toda parte, mentiras e mentiras. Queria desse modo... Como a reticência se prolongasse, Chaves perguntou:
- Queria o que, meu amigo?
- Desejava a sua palavra empenhada, o apoio de seu prestigio diante dos espíritas, para que me garantissem o voto.
- Nada posso fazer – disse o professor peremptório.
- Que é isso? – Falou o amigo, com ar dês censura – Você prometeu receber-me e atender ao meu problema.
- Pensei que o senhor estivesse tratando de caridade, mas o que francamente procura é a realização de um negócio – disse Chaves, imperturbável.
- Que idéia! – Falou o visitante, desencantado. – Entrego duzentos contos, duzentos contos de réis... Que é caridade, então?
Humilde e simples, o professor explicou:
- Caridade é o amor de Deus no coração humano. E esse amor, meu amigo, conforme nos ensina o Espiritismo, não tem preço. Onde é que o senhor já viu alguém pagar a luz do sol, a bênção do ar, o tesouro do verdadeiro amor ou o espetáculo do céu estrelado?...
- Mas Chaves – disse o outro – isso é muita filosofia... O que eu desejo é fazer uma dádiva... Para vocês espíritas, o que vem a ser uma dádiva?
O educador respondeu seguro:
- Dádiva é o bem que a gente faz sem esperar recompensa de coisa alguma...
Glossário;
Peremptório: terminante; decisivo.
Austeridade: inteireza de caráter; severidade; rigor.
Aspirações: desejo ardente.
Dádiva: aquilo que se dá; presente; denotativo; oferta;
Leia o texto e a seguir responda as perguntas abaixo:
1. Qual era a intenção do político?
2. 2. Apesar de estar fazendo uma doação, o político estava vivendo os princípios cristãos de amor ao próximo?
3. De que maneira você pode praticar o amor ao próximo?
4. Caridade é só distribuir moedas(bens matérias?)
A moeda - 2
Quando criança, certo dia, estando na loja do meu pai, fui interpelada por um mendigo que pedia esmola. Notando os trajes andrajosos do homem, mais que depressa corri a gaveta do balcão e retirei uma moeda, que fui entregar, muito alegremente ao pedinte.
Meu pai assistiu a tudo, porém nada me disse, continuando calmamente a atender a sua freguesia. Não muito tempo se passou e uma pobre mulher apareceu, fazendo a mesma solicitação. Não hesitei e corri a gaveta, porém antes que a abrisse, meu pai embargou o meu gesto e disse muito naturalmente:
- Onde está o cofre onde você guarda as moedinhas que lhe sobram?
- Aqui mesmo na gaveta de sua escrivaninha.
- Então filho, vá buscá-la.
Eu trouxe o cofre e papai pediu que o abrisse. Obedeci.
- Agora filho, você vai escolher uma moedinha igual àquela que ia dar... Escolhi.
- Agora você pode entregá-la à senhora.
Fiz o que me mandava muito surpreso. Quando a mulher se retirou, papai me explicou:
- Filho o verdadeiro óbolo, o que agrada a Deus é somente aquele que provém do que é verdadeiramente nosso. Você agiu certo da primeira vez, só que não deu o que era seu. É dando que recebemos, mas só recebemos da Misericórdia Divina quando damos o que temos. Compreendeu?
Sim, eu compreendera. Ele arrematou dizendo:
- Você já ouviu as pessoas comentando façanhas alheias e dizendo que a cortesia foi feita com o chapéu alheio? É isso. Eu lhe peço que só use o seu chapéu. E tudo estará certo.
Nunca mais esqueci o episódio, pois foi assim que aprendi o verdadeiro sentido do ato de dar. A lição permaneceu em mim por toda a vida e tem me ajudado a realizar uma caridade mais autêntica e mais coerente.
GLOSSÁRIO
Interpelado: avisado; advertido.
Andrajos: trapos; farrapos; vestes esfarrapadas.
Óbulo: esmola; dádiva;
Autentica: verdadeira; real.
Leia o texto e responda às questões abaixo:
1. Qual o sentimento que teve o menino ao ajudar os necessitados?
2. Qual a lição do conto?
3. Que outras maneiras existe de amar ao próximo?
4. O que é caridade?
5. Quais os tipos de caridade você conhece?
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