Prece Inicial
1. O PASSAPORTE- Primeiro momento:
Distribuir aos evangelizandos uma folha de ofício em branco. Pedir a
eles que dobrem duas vezes ao meio, de modo que pareça um livro.
Explicar o que é um passaporte (um documento oficial que serve como
identificação).
Realização do passaporte. Todos devem fazer o seu próprio
passaporte, mas os passos devem ser explicados aos poucos, na
medida em que o grupo conclui a tarefa anterior.
1ª folha: é a capa; nela o jovem deve colocar a maneira como se vê: um
desenho de si mesmo ou uma figura que o represente;
2ª folha: colocar nome, idade, filiação, bem como suas características físicas
(peso, altura, cor dos olhos e cabelos, etc) e espirituais (o que gosta de fazer e o
que não gosta);
3ª folha: escrever como acha que os outros o veem, ou seja, o que as outras
pessoas pensam e valorizam no dono do passaporte;
4ª folha: descrever as qualidades que possui (e que devem ser muitas, pois
todos temos muitas qualidades). Se o jovem não souber, perguntar aos colegas.
Segundo momento: cada jovem deve explicar o seu passaporte aos demais
colegas. A aula tem como objetivo fazer com que o jovem pense sobre si mesmo
e descubra que tem muitas qualidades, promovendo o autoconhecimento e a
auto-aceitação. Deixar discorrer o assunto se eles quiserem, e interferir apenas se
houver preconceito, bullying, risada de deboche.
2. A BOMBA
Primeiro momento: os jovens ficarão sentados em círculos e o evangelizador
entregará a um deles uma "Bomba", (bola de isopor com chocolates dentro). A
Bomba passará de mão em mão, com uma música de fundo; quando a música
parar, o jovem que estiver com a Bomba na mão responderá a primeira questão
(O evangelizador irá ler as perguntas em ordem). Ir respondendo as perguntas,
em rodadas sucessivas, até que todas estejam respondidas.
OBS.: O Evangelizando que pegar a Bomba terá direito de abri-la e pegar
um chocolate somente se responder a pergunta, se errar não tem problema,
peça ao resto da sala para ajudá-lo, e se ninguém acertar, o evangelizador
responde.
Sugestões de perguntas a serem utilizadas para desenvolver a dinâmica:
a. O que diferencia o Espiritismo das outras religiões?
b. Qual o objetivo de você (s) estar(em) participando do Grupo de
Jovens da Casa Espírita?
c. Qual é, na sua opinião, a melhor forma de convidar um amigo para o
Grupo de Jovens?
d. Em que o Grupo de Jovens contribui na sua vida?
e. Dentro do Pentateuco Espírita, qual é a primeira obra?
f. Em O Livro dos Espíritos, na questão 919, há uma referência a um sábio
da Antiguidade. Você tem ideia de quem é ele, o que ele disse e que
importância tem essa frase para a sua vida? (depois de respondida a
questão, ler O Evangelho Segundo o Espiritismo, pág. 43, cap. IV - dois
primeiros parágrafos).
g. 7) O que devo fazer para conhecer a mim mesmo? (referência à
questão 919, a, de O Livro dos Espíritos).
h. Na sua opinião, que características deve ter "um jovem de bem", tema
estudado nas duas últimas aulas? (ver cap. XVII, de O Evangelho
Segundo o Espiritismo).
i. O que tem a ver “conhecer a mim mesmo” com o “esforço em se
tornar um jovem de bem”?
j. O que você mais gosta da Doutrina Espírita? Algum princípio, alguma
ideia, alguma frase, etc.
3) HISTÓRIA E AUTOCONHECIMENTO
Primeiro momento: Contar a história O Homem e o Rio.
Havia um homem apaixonado por um rio, gastava longas horas vendo suas
águas a passar, carregando em seu dorso suave folhas e histórias das cidades
acima e isto lhe dava felicidade.
Sua grande alegria era quando chegava a tarde, depois do trabalho ele ia
correndo para o rio, pulava uma cerca e ficava lá em uma prainha, com os pés
mexendo nas areias grossas, bem embaixo de um velho ingá.
Falava muito, confidenciava segredos, dava gargalhadas, nunca ia
embora, enquanto houvesse luz e por muitas vezes só se deu conta que era noite
quando a lua ladrilhava de prata as águas do rio.
Ficava lá, remoendo lembranças, indo para o futuro em sonhos. Seus olhos
eram rio. O rio passeava com suas águas amigas em seus olhos, como em nenhum
outro. Ambos pareciam ter nascido para ser daquele jeito, nunca um sem o outro,
a unidade de almas. Dizia o homem: - amor para toda vida consentia o rio...
Porém, um dia, o céu escureceu. Nuvens cobriram a terra, a chuva
desabou sobre o mundo. A cabeceira do rio foi enchendo e logo tudo virou
correnteza.
Árvores foram arrancadas. Folhas deram lugar aos galhos pesados,
estes arranhavam tudo o que encontravam, as barrancas desmaiavam e sumiam
devoradas pela fúria das águas.
O rio cresceu, ultrapassou as margens, derrubou cercas, foi crescendo
até chegar na casa do homem da história e destruiu tudo o que encontrou.
Avançou o jardim... Margaridas e rosas desapareceram, entrou porta
adentro com as mãos cheias de lama. Apagou o fogo no velho fogão a lenha,
tudo ficou destruído.
Quando veio o sol, veio também a desolação. Tinha que recomeçar
e como é difícil recomeçar. Fez o que pôde, sem olhar em direção ao rio. Seu
peito era uma amargura só. Sua cabeça não ficava em silêncio. Só pensava no
que iria dizer. Então falou:
- Por quê? Por que fez isto? Eu confiava em você, tinha certeza que
isto não iria acontecer, não conosco. Havia muito amor entre nós, amor que não
merecia acabar assim. Não é só a lama que está no jardim, é a confiança que
nunca mais será confiança, o amor que nunca mais será amor, é o adeus que
será para sempre adeus...
Foi inútil o rio tentar explicar. Nunca mais tarde se encontraram. Nunca
mais a lua cantou naquele lugar e as águas daquele rio, como o coração
daquele homem, nunca mais foram os mesmos.
O homem mudou-se para muito longe e o rio, quando passava por lá,
tentava não olhar... Mas sonhava, bem dentro, em suas águas mais profundas,
um dia ver ali, debaixo do ingá, quem nunca deveria ter ido embora...
Estas palavras falam por si... Temos tendência a esquecer fácil os bons
momentos e damos uma eternidade para as lembranças negativas, esquecemos
as conversas onde só o coração fala e perdemos tardes lindas de amor...
Abraços apertados, aconchego... Por não querer relevar. Não querer
lutar um pouco mais. Às vezes temos 100% e por causa de 1% perdemos 99%... Já
viram como sempre ficamos presos a este 1%?.
Guardamos sempre a imagem da casa destruída, mas, negamos dar
vida ao rio iluminado. Esquecemos toda uma vida de encanto e só lembramos as
marcas da ferida. Há muita gente vivendo assim. Esquecendo que o amor ajuda
a suportar as tempestades da vida e só o amor pode fazer o rio voltar a passar na
porta da sua casa.
Segundo momento: ao final da história, concluir: sabendo que o Rio, amigo
de muitas horas, não tinha como voltar atrás, não tinha como ceder aos efeitos
da natureza, o homem se sentiu ferido, prejudicado, lesado. E assim acabou uma
relação de amizade, carinho, respeito.
Terceiro momento: solicitar que todos se coloquem bem à vontade pela
sala e pedir que fechem os olhos. Colocar uma música suave, de preferência que
tenha sons de natureza. Enquanto os evangelizando relaxam, ler pausadamente
as perguntas abaixo, para que eles reflitam por alguns momentos, ler uma
pergunta e esperar a reflexão deles, depois leia a segunda etc.
Até que ponto nos conhecemos?
O que sabemos sobre nossas reações e nossos sentimentos?
Quando nos sentimos prejudicados, traídos, magoados, costumamos
agir ou reagir?
Será que eu sei o qual a intenção das outras pessoas?
Quando me sinto magoado, eu busco ter um pensamento caridoso e
amoroso ou eu julgo a intenção dela ao me magoar?
O eu poderia fazer em relação às minhas emoções?
Quarto momento: entregar uma cópia para cada um dos evangelizandos
do Teste de Personalidade. Solicitar que respondam com calma. Explicar que o
teste possibilita uma reflexão acerca do conhecimento que cada um tem de si
mesmo.
TESTE DE PERSONALIDADE
01. Quando você sente melhor?
(a) pela manhã;
(b) durante a tarde e final de tarde;
(c) tarde da noite.
02. Você normalmente caminha:
(a) bastante rápido, com passos longos;
(b) bastante rápido, com passos curtos e ligeiros;
(c) menos rápido e cabeça para cima, olhando o mundo de frente;
(d) menos rápido, com a cabeça para baixo;
(e) muito lentamente, à noite.
03. Ao falar com pessoas você:
(a) fica de pé com seus braços dobrados;
(b) fica com suas mãos apertadas (fechadas);
(c) com uma ou ambas mãos em seus quadris;
(d) toca ou empurra a pessoa a quem você esta falando;
(e) brinca com sua orelha, toca seu queixo, ou alisa seu cabelo.
04. Ao relaxar, você se senta com:
(a) seus joelhos dobrados juntos lado a lado com suas pernas;
(b) cruza suas pernas;
(c) com suas pernas esticadas ou abertas;
(d) uma perna debaixo de você.
05. Quando algo realmente o fizer rir, você reage com:
(a) uma gargalhada;
(b) uma risada, mas não muito alta;
c) um quieto riso;
(d) um sorriso embaraçado.
06. Quando você vai para uma festa ou reunião social você:
(a) faz uma entrada chamativa assim todo o mundo o nota;
(b) faz uma entrada quieta, enquanto procura conhecidos;
(c) faz uma entrada mais quieta, tentando ficar desapercebido.
07. Você está estudando ou jogando muito concentrado, e te interrompem.
Você:
(a) dá boas vindas a interrupção;
(b) fica extremamente irritado;
(c) varia entre estes dois extremos.
08. O qual das cores seguintes você gosta mais?
(a) vermelho ou laranja;
(b) preto;
(c) amarelo ou azul claro;
(d) verde;
(e) escuro azul ou roxo;
(f) branco;
(g) marrom ou cinza.
09. Quando você já está na cama, nesses últimos momentos antes de ir
dormir, você deita:
(a) reto de costas;
(b) reto de bruços;
(c) em seu lado, ligeiramente curvo;
(d) com sua cabeça em um braço;
(e) com sua cabeça debaixo das cobertas.
10. Você frequentemente sonha que você está:
(a) caindo;
(b) lutando ou discutindo;
(c) procurando algo ou alguém;
(d) voando ou flutuando;
(e) você normalmente não tem sonhos (não lembra);
(f) seus sonhos sempre são agradáveis.
11. O que você gosta em si mesmo:
(a) suas habilidades;
(b) sua aparência;
(c) sua inteligência;
(d) seu bom humor;
(e) sua boa vontade;
(f) seu conhecimento;
(g) sua gentileza;
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