quinta-feira, 5 de dezembro de 2019

VALOR DA PRECE

O Pedido de Riquinho

Riquinho era o apelido de Henrique o filho de dona Rosa, uma costureira. Enquanto sua mãezinha costurava, Riquinho fazia as compras, e dava todas as caminhadas a fim de ajudá-la. Era um filho obediente e vivia feliz. Desde pequenino, sua mãe lhe ensinou a orar. As vezes dizia-lhe:
— Riquinho, devemos agradecer ao Pai Celestial o que temos. Tudo o que precisares pede a ELE; serás atendido desde que o pedido seja justo, desde que Deus ache mesmo que estejas precisando daquilo que pedes.
E, Riquinho jamais esquecia de orar: Jesus, obrigado por tudo que me dás!
Uma ocasião, dona Rosa estava com muito serviço e tinha de entregar um vestido a uma senhora que ia viajar. Na pressa de fazer o pacote, bateu nos óculos e...quebraram-se os óculos de dona Rosa!
— E agora? O que fazer? – disse a mãe de Riquinho. Eu não posso costurar sem óculos!
Enquanto Riquinho foi levar o vestido, providenciou a remessa dos óculos à casa especializada numa cidade próxima.
Passaram-se vários dias até que chegou pelo correio um aviso: os óculos de dona Rosa tinham voltado. Que alegria! Ela ia poder trabalhar novamente!
Mas, para a tristeza da boa senhora, o conserto tinha custado o dobro do que ela imaginava. E tinha só o dinheiro correspondente à metade do preço.
— Não te preocupes, mãe. Não disseste tantas vezes que tudo que eu precisasse pedisse a Deus ou a Jesus? Pois vou pedir e estou certo que mandará teus óculos.
Naquela noite, foram estas as palavras do menino a Jesus:
— Jesus querido, mãezinha precisa dos óculos e nós não temos o dinheiro suficiente para retirá-lo. Manda, Jesus, o dinheiro para a minha mãe poder começar a costurar.
— Tão certo estava ele de que Jesus atenderia sua oração, que no outro dia pulou da cama, mal abriu os olhos, e pôs-se a procurar o dinheiro que Jesus teria mandado.
Muito triste, Riquinho dirigiu-se à mãe, que lhe explicou:
— Filhinho, Jesus ouviu tua prece, mas Ele não pode mandar o dinheiro assim . Verás que aparecerá, de uma forma ou de outra, a quantia que falta.
Mais animado, Riquinho, conforme fazia todos os dias, foi varrer a calçada. Como varria bem e ligeirinho!... Dava gosto vê-lo! Nisto ele ouviu um chamado. Era “seu” Cândido, o vizinho.
— Olá, menino! Disse “seu” Cândido. Eu estava reparando como varres bem. Queres varrer a minha loja? Estou precisando de quem me ajude.
E, pedindo licença para sua mãe, Riquinho foi ajudar “seu” Cândido. Varreu ligeirinho e muito bem. Afastou todas as caixas e limpou bem os cantos. “Seu” Cândido gostou muito do trabalho de Riquinho, e falou-lhe:
— Riquinho, queres trabalhar mais uns dias comigo até que volte meu empregado?
Naquele dia, Riquinho levou o dinheirinho que ganhou para casa e falou:
— Mãezinha, ainda vou completar o dinheiro para retirar os óculos, pois “seu” Cândido convidou-me para trabalhar mais uns dias com ele.
Alguns dias depois, Riquinho muito feliz, pode dar à mãe a quantia que lhe falta e ela pode retirar os óculos do conserto. No mesmo dia, começou a costurar.
Naquela noite, Riquinho orou, com muita gratidão:
— Muito obrigado, meu amigo, por teres atendido ao meu pedido! Muito obrigado!
Dona Rosa, com lágrimas nos olhos, sorria, acompanhando as palavras de seu filho querido.


















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