Mensagem psicográfica recebida na FEB, em reunião mediúnica de 16 de julho de 2015, por Marta Antunes de Moura e que foi passada no Encontro Nacional da Área de Infância e Juventude em Brasília.
Nos limites situados entre a crosta terrestre e o plano espiritual via-se uma alma luminosa deslocando-se entre os núcleos de sofrimento e dor. Acolhia em seu coração amoroso Espíritos desorientados, almas dementadas e perdidas que perambulavam de um lado para outro, sem rumo, alheias ao que lhes acontecia à volta, por trazerem a mente prisioneira de lembranças amargas, de acontecimentos infelizes, mantendo-as cativas aos próprios atos infelizes, cometidos anteriormente.
Aquele vulto luminoso acolhia a todos com paciência, calma e profunda serenidade. Estendia-lhes as mãos, abraçava-os, enxugava-lhes as lágrimas, sussurrava-lhes palavras amáveis e, gentil, apontava-lhes um novo caminho.
O trabalho incessante dessa alma generosa era visto, dia e noite, por todos os que passavam por aquelas regiões, despertando a atenção de Espíritos Benfeitores que lhe compreendendo o elevado intuito, passaram a auxiliá-la.
Com o passar do tempo, constituiu-se uma caravana silenciosa que, destemida, ousava conviver com a miséria moral, erguendo-lhe o ânimo, amparando toda sorte de sofredores e mutilados do espírito.
Com o passar do tempo, constituiu-se uma caravana silenciosa que, destemida, ousava conviver com a miséria moral, erguendo-lhe o ânimo, amparando toda sorte de sofredores e mutilados do espírito.
A notícia da existência dessa caravana humanitária logo se espalhou pelos vastos domínios das sombras, produzindo diferentes reações: esperança e aceitação pelos que buscavam proteção espiritual, ou repúdio e perseguição pelos desorientados e endurecidos, os quais colocavam armadilhas no trajeto da amorável equipe do bem.
Nada, porém, afastava aquele grupo singular da realização de ações no bem, acrescido cada vez mais por um número de Espíritos que, unidos, estendiam mãos amorosas aos irmãos e irmãs em sofrimento.
Quem seria aquela misteriosa alma que se dedicava, anonimamente, ao incessante trabalho do bem, atraindo cooperadores pela força dos seus sentimentos elevados? Quem seria aquela admirável mulher que por onde transitava, fazia surgir núcleos de devotamento aos esquecidos e perdidos na dor?
Tivemos a oportunidade de conhecê-la pessoalmente quando participamos de uma excursão de aprendizado e de resgate a irmãos mantidos em regiões insalubres.
Estávamos passando por algumas dificuldades, inerentes à tarefa, quando ela e a sua equipe se associaram, naturalmente, ao nosso grupo, centuplicando as nossas forças, cooperando em diferentes serviços, mesmo os mais humildes, rudes e grosseiros.
Admirados, perguntamos:
Estávamos passando por algumas dificuldades, inerentes à tarefa, quando ela e a sua equipe se associaram, naturalmente, ao nosso grupo, centuplicando as nossas forças, cooperando em diferentes serviços, mesmo os mais humildes, rudes e grosseiros.
Admirados, perguntamos:
- "Quem sois vós, venerável irmã, que demonstra tanto amor aos que sofrem?"
Um leve e simpático sorriso bailou brevemente em seus lábios e ela respondeu-nos, gentil:
- "Não sou ninguém!!..."
- “Como?” - Indagamos surpresos.
- "Ninguém importante.” - respondeu-nos, rapidamente - “Apenas uma alma que estava perdida e foi encaminhada ao bem pelos laços da evangelização."
E prosseguiu, serena, com a sua história.
- "Criminosa reconhecida, renasci em razão de um relacionamento casual. Continuamente agredida desde pequena, fui abandonada e transformada em criança e jovem habitante das ruas da cidade. Vivi entre a chamada escória humana, esquecida de todos e passando por privações inconcebíveis.
Mas, os 12 anos de idade, minha existência se transformou: vi uma casa espírita onde, tarde da noite, recolhi-me sob suas marquises... O dia já era alto quando acordei assustada, ouvindo risos e gritaria de crianças que, cercando-me, apontavam-me o dedo, curiosas. No momento seguinte, abriu-se a roda ao meu redor e uma evangelizadora aproximou-se. Tocou-me carinhosamente o rosto e sorriu-me com afeto.
Mas, os 12 anos de idade, minha existência se transformou: vi uma casa espírita onde, tarde da noite, recolhi-me sob suas marquises... O dia já era alto quando acordei assustada, ouvindo risos e gritaria de crianças que, cercando-me, apontavam-me o dedo, curiosas. No momento seguinte, abriu-se a roda ao meu redor e uma evangelizadora aproximou-se. Tocou-me carinhosamente o rosto e sorriu-me com afeto.
Eu conheci o paraíso naquele momento! A ele fui transportada por um simples gesto de afeto, pelo sorriso de aceitação e pelo acolhimento que brilhava nos olhos cristalinos daquela jovem.
- ‘Vem comigo’, falou-me baixinho. ‘Você deve estar com fome!’.
Comi pão com margarina e um pouco de leite. Um manjar dos deuses!
Comi pão com margarina e um pouco de leite. Um manjar dos deuses!
Já alimentada do corpo, a jovem evangelizadora falou-me, então:
- ‘Agora, minha nova amiguinha, vou lhe dar um alimento que é mágico, pois você nunca mais terá fome: Jesus! Você já ouviu falar nele?”
Evangelização!
Evangelizadores!
Abençoados sejam todos!
Meimei
Meimei
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