quarta-feira, 14 de novembro de 2012

PRESENÇA DIVINA

Um homem, ignorante ainda das Leis de Deus, caminhava ao longo de enorme pomar, conduzindo um pequeno de seis anos.Eram Antoninho e seu tio, em passeio na vizinhança da casa em que residiam.Contemplavam, com água na boca, as laranjas maduras, e respiravam, a bom respirar, o ar leve e puro da manhã.A certa altura da estrada, o velho depôs uma sacola sobre a grama verde e macia e começou a enchê-la com os frutos que descansavam em grandes caixas abertas, ao mesmo tempo que lançava olhares medrosos, em todas as direções.Preocupado com o que via, Antoninho dirigiu-se ao companheiro e indagou: — Que fazes, titio?Colocando o indicador da mão direita nos lábios entreabertos, o velho respondeu:- Psiu!... psiu!...Em seguida, acrescentou em voz baixa:- Aproveitemos agora, enquanto ninguém nos vê, e apanhemos algumas laranjas, às escondidas.O menino, contudo, muito admirado, apontou com um dos pequenos dedos para o céu e exclamou: — Mas, o senhor não sabe que Deus nos está vendo?Muito espantado, o velho empalideceu e voltou a recolocar os frutos na caixa, de onde os havia retirado, murmurando: — Obrigado, meu Deus, por haveres despertado a minha consciência,pelos lábios de uma criança.E, desde esse momento, o tio de Antoninho passou a ser realmente outro homem









Fonte- Livro Pai Nosso -Meimei psicografia Francisco Cândido Xavier

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