Apresentar o anexo 1 com o desenho de uma seringa de injeção, um lindo par de tênis e um apetitoso alimento. Perguntar: – Se pudesse escolher um deles, qual seria o melhor para você? E o que não escolheria?
Ouvir as respostas e perguntar:
– Se você estivesse com uma doença grave, o que seria melhor: a dor da injeção com o medicamento que alivia e cura, ou as outras opções?
Ouvir as respostas.
ATIVIDADE REFLEXIVA
- Levar o grupo a refletir sobre os seguintes conceitos:
Ü Sem estar doente ninguém preferiria a injeção pois não se busca o que faz sofrer inutilmente. Quem cultiva o prazer de sofrer ou de fazer sofrer tem grave distúrbio psíquico.ÜEntretanto, podemos aceitar, até com alegria, situações de desconforto, cansaço e dor, quando tal situação reverte em benefício de alguém ou de um grupo de pessoas.
Exemplos:
- mãe que passa noites sem dormir para cuidar de um filho doente.- pessoas que se dedicam a ajudar o próximo, como Madre Tereza de Calcutá.
-os discípulos de Jesus, que sofreram perseguições e o sacrifício da própria vida, pelo ideal de divulgar o Evangelho.
ÜÀs vezes temos doenças tão graves da alma, como o orgulho, o egoísmo, a leviandade, que só uma “injeção” de sofrimento intenso pode nos curar.ÜE nesses casos, mais cedo ou mais tarde, a dor nos chega, sem que possamos fugir dela, embora tudo devamos fazer para minimizá-la, procurando soluções possíveis e, principalmente, aceitando com resignação o que não puder ser mudado.ÜEssas expiações - sofrimentos dos quais não podemos fugir - não são castigos de Deus, porque Deus é Amor, mas corrigendas necessárias e amorosas para que nos curemos das doenças da alma.
Esclarecer a diferença entre provação e expiação:
Provação representa prova, oportunidade para desenvolvermos nossas qualidades espirituais de paciência, dedicação etc. As dificuldades da vida constituem essas provas e com uma ação correta, podemos atenuá-las. E também ninguém precisa buscar o sofrimento para alcançar a felicidade futura. Expiação é imposta, como conseqüência de nossos erros anteriores, e dela não podemos fugir.
Apresentar o anexo 2 com o ensino evangélico do Sermão da Montanha.
(...)Bem-aventurados vós que agora chorais, porque haveis de rir. Jesus (Lucas, VI: 21)
Ü Comentar que Jesus prometeu a felicidade ao término do sofrimento na Terra. Questionar:
– Essa felicidade será alcançada apenas por sofrer? Ou por sofrer o que não pode ser mudado, sem revolta, com resignação?
Concluir que a função da dor é “abrandar os corações”, tornando-os sensíveis ao amor. Mesmo numa vida de duras expiações, temos o dever de torná-la a melhor possível e até útil e bela.
Narrar o caso verídico de AURINO COSTA.
Dialogar com o grupo sobre o que a vida de Aurino Costa pode nos ensinar a respeito da resignação, resumindo, ao final, as conclusões.
ATIVIDADE CRIATIVA
1a Opção:
Apresentar, em papel pardo, os seguintes versos, retirados da poesia “Vida”, de Maria Dolores, do livro “Antologia da Espiritualidade”, FEB:
I
“Asseveras que os sonhos são feridas,
Quais picadas de espinhos agressores...
Fita o verde das árvores podadas,
Recobertas de flores.
II
Nos dias de aflição, ante a força das provas,
Recorda, na amargura que te oprime,
Que a ostra faz nascer do próprio seio em chaga
A pérola sublime.
De acordo com o interesse e as possibilidades do grupo, escolher uma ou mais formas de explorar os versos:
– Ler, interpretar e fazer um coro falado.
– Ilustrar por meio de desenho ou pintura.
– Musicar os versos.
2a opção:
Ler, interpretar e fazer um coro falado do texto abaixo:
Ler, interpretar e fazer um coro falado do texto abaixo:
(autoria desconhecida)
Pedi a Deus para ser forte a fim de executar projetos grandiosose Ele me fez fracopara conservar-me na humildade. | Pedi a Deus o poder para que os homens precisassem de mime Ele me deu a humildadepara que eu precisasse de Deus. |
Pedi a Deus que me desse saúde para realizar grandes empreendimentose Ele me deu a doençapara compreendê-lo melhor. | Pedi a Deus tudo para gozar a vida e Ele me deixou a vida para eu poder gozar de tudo... |
Pedi a Deus a riqueza para tudo possuir e Ele me deixou pobre para não ser egoísta | Senhor, não recebi nada do que pedi mas me deste tudo de que eu precisava e, quase contra a minha própria vontade, as preces que eu não fiz foram ouvidas. |
Louvado sejas, ó meu Deus! Entre todos os homens Ninguém tem mais do que eu! |
AURINO COSTA
Aurino Costa nasceu em Santíssimo, subúrbio do Rio de Janeiro. Órfão de pai aos quatro anos, Aurino passou sua infância na absoluta pobreza, o que não o impediu de ser o primeiro aluno durante os três anos que pôde freqüentar escola.
Quando estava com 12 anos, começou a sentir muitas dores musculares, que foram agravando-se, obrigando-o a internar-se em hospitais várias vezes. Sua doença foi diagnosticada como artrite reumatóide infecciosa, sem possibilidade de cura.
Seu destino estava marcado. A partir dos 16 anos, Aurino não andou mais e por 39 anos viveu deitado porque suas articulações não permitiam que ele sentasse.
Após o choque inicial que sofreu com o conhecimento de sua doença e das condições em que viveria, poderosa resignação e coragem brotaram no seu íntimo. Aurino voltou-se para Deus. Leu muito. Escreveu para jornais páginas de fé e consolação, apesar de todas as dificuldades que enfrentava. Fez apelos através do jornal e conseguiu um carrinho apropriado que lhe possibilitou a locomoção, embora sempre na horizontal.
“A misericórdia divina nunca me faltou” - dizia Aurino. “Ela me chegava pelas mãos de uma prima, que me trazia o almoço, de outra que me trazia o café da manhã, de um primo que empurrava o carrinho e me levava onde queria ou de amigos que me traziam o de que precisava. Por outro lado, muitos me procuravam como conselheiro, buscando orientação para seus diversos problemas e a todos atendia com paciência e vontade de servir.”
Para Aurino, tudo isso que fazia era pouco. E ele começou a idealizar uma instituição que socorresse as crianças com deficiências muito graves e sem família. Com ajuda de abnegados companheiros, tomou todas as providências para a concretização da Obra.
Em 1965 Aurino Costa inaugurou na Rua Maravilha 308, Bangu, a Ação Cristã Vicente Moretti com oito crianças portadoras de paralisia cerebral. Era a primeira vitória.
Dois anos depois, Aurino submeteu-se a sete cirurgias terrivelmente dolorosas para que pudesse sentar-se, ou seja, colocar-se na vertical. Para tal, teve que fazer a amputação total de suas pernas, passando a apoiar-se na parte inferior do tronco. Embora preso a sua cadeira de rodas, Aurino tinha agora mais liberdade de locomover-se e também de ajudar.
A Ação Cristã Vicente Moretti foi crescendo pouco a pouco, graças à coragem e perseverança de Aurino. Hoje, no ano 2001, há 61 crianças internadas e atende a mais de 1000 crianças no ambulatório, através de uma competente equipe técnica com múltiplas especialidades.
Quando, certa vez, perguntaram a Aurino o que achava da dor, ele respondeu:
– A dor é fruto da misericórdia divina. É como que um dique a impedir que as criaturas prossigam agindo erroneamente com relação à própria vida. A finalidade da dor é sempre purificar o sentimento..
Que bela lição de resignação e de vida plena!
FONTE - EDUCAÇÃO DO SER INTEGRAL
Fantástica história de Aurino! Belo exemplo de resignação e coragem!
ResponderExcluirPrecisamos refletir e agradecer a Deus pela nossa vida, sem reclamar das dificuldades que surgem em nossa caminhada evolutiva.