Feliz e curioso, Leonardo contava para a mãe sobre os brinquedos que um de seus coleguinhas costumava levar para a escola.
Narrava, com os olhos brilhantes, sobre o automóvel que buscara o garoto na saída da escola e, fascinado pela riqueza do colega, comentou como deveria ser bom ter tanto dinheiro.
Percebendo o filho desanimado com o velho carrinho de controle remoto, já quebrado, que Leonardo tinha em mãos, a mãe o aconchegou no colo falando-lhe com doçura:
- “Você gostaria de ter muito dinheiro, meu filho?”
- “É claro, mamãe. Imagine só, quanta coisa legal eu poderia comprar para mim, para você e para o papai”.
A animação de Leonardo era evidente.
Sua mãe afagou-lhe os cabelos cor de mel e beijando-lhe a face corada, disse-lhe:
- “Meu bem, o dinheiro é necessário, porém, todos as coisas que você pensa que seriam maravilhosas em nossas vidas, são dispensáveis para nós. Até hoje vivemos sem elas e não nos fizeram falta”.
- “Mas, mamãe...” - resmungou o pequeno - “você não gostaria de ter um carro como aquele que o avô do meu amigo usou para buscá-lo na escola?”
- “Não, meu querido” - respondeu a mãe sorrindo - “a minha felicidade não depende disso”.
A mãe aproximou o filho desapontado, ainda mais, de seu peito e continuou:
- “Diga, meu filho. Você já viu no supermercado um setor com ‘amigos’, expostos para se comprar?”
- “Amigos? É claro que não, mamãe” - respondeu ainda sem entender.
- “E família? Você já viu em alguma loja ‘família’ para se comprar?”
O menino apenas negou balançando a cabeça.
- “Pois bem, meu querido, as coisas mais valiosas da vida, como família, amizade, amor, saúde, alegria, paz, fé... não se compram, nem se vendem. Não há dinheiro no mundo capaz de pagar por tais tesouros.
- O dinheiro não é nem bom nem mau. A forma como ele é utilizado faz toda a diferença. Se o usarmos apenas para adquirir bens para satisfazer nosso orgulho, estamos utilizando-o equivocadamente.
Mas se o dinheiro servir como meio de manter dignamente a família, proporcionar estudo e saber ou promover o desenvolvimento da comunidade que nos cerca, aí, então, ele é uma fonte de riqueza e alegria.
Os verdadeiros valores da vida, não podem ser comprados com as moedas dos homens”.
Balançando afirmativamente a cabeça, Leonardo percebeu que aquele carinho que recebia das mãos macias de sua mãe era mais valioso do que qualquer brinquedo que ele já vira ou de que já ouvira falar.
História adaptada do texto “Valores Verdadeiros” de autoria da Equipe de Redação do Momento Espírita da Federação Espírita do Paraná
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