quarta-feira, 28 de junho de 2017

FESTA NA ESCOLA

A professora reuniu os alunos e anunciou que a escola, em poucos dias, completaria cinquenta anos e haveria uma grande festa. Para tanto, solicitava a colaboração dos alunos para fazer a decoração.






Todos gostaram muito da ideia e aceitaram colaborar.
Assim, no dia seguinte a professora trouxe o material que seria usado para fazer os enfeites do grande salão. Depois, separou as equipes e escolheu um chefe para cada uma delas, dando-lhes serviços diferentes e explicando como deveriam fazer.

Marcos, chefe de uma das equipes, teria cinco colegas
trabalhando com ele. Aline, uma das meninas, que gostava de criar problemas, não aceitou cortar faixas de papel para enfeitar o salão. Marcos, com paciência, explicou:
— Aline, não fui eu que escolhi o serviço. Foi a professora que distribuiu as tarefas!
— Pois não concordo e não quero fazer!
— Então, vá falar com a professora — respondeu Marcos.
A menina saiu pisando duro, irritada. Ao encontrar a professora, foi logo se queixando:
— Prof.ª Amélia, Marcos quer me obrigar a fazer o que não quero e não gosto!
Com delicadeza, a professora explicou-lhe que cada equipe tinha uma atividade diferente e à dela cabia fazer as faixas para enfeitar as paredes. Como Aline continuasse reclamando do serviço, a professora mudou-a de equipe.
Lá foi Aline para a equipe de Márcia, que lhe explicou o que estavam fazendo:
— Estamos cortando cartolina para fazer os convites para a festa. Você tem que medir a cartolina e depois cortar. Só isso. É fácil!


— Que horror! Detesto ter que medir papel, e cortar eu
acho pior ainda! Não tem outro serviço para mim?
— Sinto muito — respondeu Márcia — essa é a tarefa desta equipe.
Aline novamente reclamou à professora, que a mandou para outra equipe, onde estavam pintando cartazes para enfeitar as paredes do salão. A reação dela foi rápida:
— Mas não sei pintar!...
Cheia de paciência, a professora a encaminhou para outra equipe, e mais outra e outra ainda. Chegou o momento que a professora lhe disse:
— Aline, eu já sei qual o seu problema de adaptação às equipes.
— E qual é, professora?
— Preguiça. Falta de vontade de trabalhar!
A menina ficou vermelha, e baixou a cabeça envergonhada.
— Não é isso, professora. É que não tenho facilidade para fazer essas tarefas. Dê-me outra chance! Prometo que vou fazer sem reclamar.
A professora pensou um pouco e concordou:
— Está bem. Creio que achei a tarefa adequada para você.
— Que bom! Finalmente!...
A professora chamou-a em um canto e, pegando uma vassoura, um balde e uma pá, colocou tudo nas mãos dela:
— Aqui está, Aline. Creio que agora será capaz de trabalhar. A única coisa que deverá fazer é varrer os restos de papel que caem no chão e colocá-los no lixo.
— Mas... varrer o chão, professora?
— Sim! Nada há de vergonhoso nisso. Apenas estou adiantando o serviço. Ao terminar as atividades, todos os alunos iriam recolher os papeis do chão para deixar o salão limpo. Todavia, como você não está fazendo nada, começará a recolher a sujeira do piso. Assim, todos terminarão as tarefas ao mesmo tempo! 
Muito envergonhada, Aline pegou a pá, o balde e a vassoura, e pôs-se a varrer o chão.
Ao terminar as atividades, os demais alunos, sorridentes e animados, ainda a ajudaram a concluir a limpeza. Aline achou que eles a estivessem ajudando para mostrar que eram mais capazes do que ela, porém os colegas não mostravam má intenção: sorriam bem- humorados, brincavam entre si, contentes, e conversavam com ela, deixando-a à vontade.


Naquele momento, Aline entendeu que o trabalho é bênção divina que une as pessoas, criando bom relacionamento e gerando bem-estar.
Ao término das tarefas, Aline aproximou-se da professora e disse:
— Prof.ª Amélia, entendi a lição. Obrigada pela oportunidade de ajudar. De outra vez, pode contar comigo para o que for.
No dia da festa, a animação e o contentamento entre os alunos era geral ao receberem os convidados e as autoridades da cidade. E Aline, no meio da turma, também se sentia satisfeita por ter colaborado para que tudo estivesse tão bonito e arrumado.
                                                        
Fonte: "O Consolador"

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