Camaleão
Este jogo necessita de um espaço relativamente plano, delimitado e onde
exista uma parede ou muro. Jogam pelo menos seis crianças.
Coloca-se uma criança (camaleão) junto à parede, virada para ela e de olhos
tapados pelas mãos. As restantes crianças estão colocadas à vontade, a uma
distância de cerca de dez metros. Ao sinal de início do jogo, as crianças
perguntam em coro àquela que está junto da parede: “Camaleão, de que
cor?” . O camaleão responde dizendo uma cor, por exemplo, o azul.
Mal diz a cor, neste exemplo, o azul, o camaleão vira-se e começa a correr
atrás dos colegas, que fogem. Ao fugir, as crianças procuram um objecto da
cor escolhida e tocam nele, a fim de se livrar. Neste caso, o camaleão não as
pode caçar. Só pode caçar aquelas crianças que ainda não se livraram, ou
seja, não tocaram na cor escolhida.
Se o camaleão tocar em alguém antes de se livrar, este passa a ser o novo
camaleão. Se o camaleão não conseguir caçar ninguém, continua nesta
função.
De referir que, quando as crianças fazem a pergunta: “Camaleão, de que
cor?”, e este responde “cor de burro quando foge”, as crianças ficam
quietas, não podendo fugir. Aquela que se mexer perde e passa a ser o novo
camaleão.
O Rei manda
Jogam seis ou mais crianças, num espaço que tenha parede ou muro, embora
estes possam ser substituídos por um risco desenhado no chão.
O rei coloca-se de costas para a parede ou risco e as outras crianças
colocam-se, lado a lado, à sua frente, a uma distância superior a dez metros.
A função do rei é dar ordens que podem variar bastante. As outras crianças
cumprem essas ordens, tentando aproximar-se o mais possível da parede ou
risco onde está o rei. Quem conseguir chegar à parede ou ao risco em
primeiro lugar, será o novo rei.
Ao dar as suas ordens, o Rei deve começar por dizer, “O rei manda...:”. A
título de exemplo pode dizer: “O rei manda...dar dois saltos a pés juntos
para a frente, um salto de gigante para o lado esquerdo, marchar no sítio,
saltitar a pé coxinho para o lado direito, dizer o nome em voz alta, rodopiar
duas vezes”, etc. O professor tem de ter o cuidado de verificar se as
ordens do rei não se tornam demasiado restritivas à aproximação das
crianças ao seu posto.
Coelhos às tocas
Dividir as crianças em dois grupos numericamente iguais. Um grupo constitui
as tocas e o outro os coelhos.
As crianças escolhidas para tocas devem espalhar-se por todo o espaço e
tomar a posição de pé com as pernas afastadas, sem se mexerem. O
professor dá a ordem de correr aos “coelhos” e estes correm por todo o
espaço. À voz de “Coelhos às tocas”, os coelhos põem-se de gatas debaixo
das pernas das tocas. Têm de entrar por detrás das tocas, para evitar
choques.
O professor deverá colocar-se atrás de uma toca qualquer, para que um
coelho fique sem lugar. O coelho que fica sem toca perde um ponto.
Depois de quatro ou cinco jogadas, as crianças trocam de posição. Os
coelhos tomam o lugar das tocas e vice-versa. Ganha a criança com menos
pontos porque ficou menos vezes sem toca.
Cabra- cega
Jogam várias crianças. É necessário um lenço ou pano para amarrar à volta
dos olhos de uma das criança que será a cabra-cega.
As crianças colocam-se de mãos dadas formando uma roda. A cabra- -cega
fica no seu centro da roda, de cócoras e com os olhos tapados com uma
venda.
A seguir inicia-se um diálogo entre as crianças que estão na roda e a Cabracega.
“Cabra-cega, donde vens?”
“Venho da Serra.”
“O que me trazes?”
“Trago bolinhos de canela.”
“Dá-me um!”
“Não dou.”
Então, as crianças que se encontram na roda dizem em coro:
“Gulosa, gulosa, gulosa... “ (repete-se até a Cabra-cega agarrar alguém)
A Cabra-cega levanta-se e tenta apanhar uma criança da roda. Se apanhar
alguém, as crianças calam-se todas e a Cabra-cega tem de adivinhar,
apalpando com as mãos, quem é a (o) colega que apanhou.
Quando acertar, fica esse (a) a ser a Cabra-cega.
Por vezes, nesta variante da roda, as crianças podem estar silenciosas. Mas,
então, a roda não se pode mexer do sítio. Antes de ir à procura de alguém, a
cabra-cega dá três voltas sobre si mesma.
Noutra variante, as crianças espalham-se pelo espaço previamente definido
e que não pode ser muito grande. A cabra-cega, com os olhos tapados, tenta
agarrar uma outra criança qualquer. Todas as crianças se deslocam pelo
espaço e aproximando- se e afastando-se da cabra-cega para a desorientar
com o ruído dos seus deslocamentos enquanto cantam: “Cabra-cega! Cabracega!
Tudo ri, mãos no ar, a apalpar, tactear, por aqui, por ali. Tudo ri!
Cabra-cega! Cabra-cega! Mãos no ar, apalpando, tacteando, por aqui, por ali,
agarrando o ar! Tudo ri...”. Também lhe podem tocar nas costas.
Serpente
As crianças formam duas equipas que se dispõem em fila, agarrando-se uns
aos outros pela cintura, formando uma serpente.
Colocam-se frente a frente as duas serpentes e, à indicação do professor, a
criança da frente de uma equipa terá que tocar na última criança da outra
equipa. Ganha a equipa que tocar em primeiro lugar no último jogador da
outra serpente.
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