terça-feira, 2 de julho de 2019

PERDÃO

OS VASOS PRECIOSOS

Um príncipe poderoso possuía vinte vasos de porcelana belíssimos e raros, que era o seu orgulho.
Guardava-os numa sala especial, onde ficava durante muitas horas a admirá-los.
Um dia, sem querer, um criado quebrou um dos vasos. O príncipe, enfurecido e inconsolável com a perda do precioso objeto, condenou à morte o desastrado empregado.
Nessa ocasião, apresentou-se no palácio um velho sábio que se dispôs a consertar o vaso, de maneira a ficar igualmente aos outros, mas para isso, precisava ver todos juntos.
A sua proposta foi aceita. Sobre uma mesa coberta com riquíssima toalha, estavam os dezenove vasos enfileirados.
Aproximando-se, o sábio, como se houvesse enlouquecido, puxou com violência a toalha e os vasos tombaram no chão, quebrando em milhares de pedaços.
O príncipe ficou mudo de cólera, e antes que alguém falasse qualquer coisa, o sábio explicou:
Majestade, estes dezenove vasos poderiam custar a vida de dezenove infelizes. Assim, dou por eles a minha, porque, velho como sou, para nada mais sirvo.
Refletindo, o príncipe compreendeu que todos os vasos do mundo, por mais belos e preciosos, não valiam a vida de um ser humano.
Perdoou o sábio e o servo desastrado.






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