O menino Francisco Cândido Xavier (Chico Xavier) cresceu, e
durante os anos que se passaram, continuou a ver e conversar com sua mãezinha
desencarnada.
Quando ele tinha 17 anos de idade, ele conheceu o
Espiritismo, passou a estudar o “Livro dos Espíritos” e o “Evangelho”. Nessa
época ele começou a receber mensagens de outros espíritos desencarnados.
Quando Chico completou 21 anos, ele estava em um quintal,
próximo a uma árvore, fazendo sua oração diária, quando percebeu um vulto ao
longe se aproximando. Era um espírito simpático que se apresentou a Chico e
disse se chamar Emmanuel.
Emmanuel conversou com Chico sobre o trabalho que ele estava
fazendo através da sua mediunidade, das mensagens que ele recebia dos desencarnados.
A primeira pergunta que Emmanuel perguntou a Chico foi:
- "Você está realmente disposto a trabalhar na
mediunidade com Jesus? (ou seja, usar sua mediunidade para fazer o bem?)
E Chico respondeu:
- Sim, se os bons espíritos não me abandonarem...
- Não será você desamparado - disse-lhe Emmanuel - mas
para isso é preciso que você trabalhe, estude e se esforce no bem.
Chico aceitou o compromisso de usar sua mediunidade a
serviço de Jesus, então Emmanuel lhe disse:
- Então temos algo a realizar.
Chico perguntou qual seria essa primeira tarefa e o
benfeitor esclareceu: 'Trinta livros pra começar!'
Chico disse: como lançar trinta livros se sou de uma família
sem muito dinheiro, e a publicação de um livro demanda tanto dinheiro!... Será
que meu pai vai tirar a sorte grande na loteria? Emmanuel respondeu: 'Nada,
nada disso. A maior sorte grande é a do trabalho com a fé viva na Providęncia
de Deus. Os livros chegarão através de caminhos inesperados!'
E então, depois desse encontro, Chico começou a psicografar as
páginas de seu primeiro livro. Após terminar, ele enviou-as para um dos
diretores da Federação Espírita Brasileira, e teve a grata surpresa de ver o
livro aceito e publicado, em 1932. O primeiro livro foi “Parnaso Além-Túmulo”,
que reunia poesias de vários poetas famosos desencarnados.
A este livro seguiram-se outros até que Chico atingiu a
marca dos 30 livros. (Comentar que Chico doava o dinheiro da venda dos livros)
Chico ficou muito contente e perguntou ao amigo espiritual
se sua tarefa estava terminada. Ele, então, considerou, sorrindo: 'Agora,
começaremos uma nova série de trinta volumes!' Em 1958, indaguei-lhe novamente
se o trabalho finalizara. Os 60 livros estavam publicados. O grande benfeitor
explicou-me, com paciência: 'Você perguntou, em Pedro Leopoldo, se a nossa
tarefa estava completa e quero informar a você que os mentores da Vida Maior,
perante os quais devo também estar disciplinado, me advertiram que nos cabe
chegar ao limite de cem livros. Chico ficou muito admirado, mas permaneceu nas
tarefas.
Chico às vezes trabalhava até altas horas, e sofria com
alguns problemas de saúde que tinha: na vista, nos pulmões e no coração. Além
dos livros, Chico atendia a centenas de pessoas no centro espírita que
freqüentava, pessoas que vinham em busca de consolo e de notícias de parentes
desencarnados.
Quando Chico alcançou o número de 100 volumes publicados,
voltou a consultar Emmanuel sobre o fim de seus compromissos. Ele esclareceu,
com bondade: 'Você não deve pensar em agir e trabalhar com tanta pressa. Agora,
estou na obrigação de dizer a você que os mentores da Vida Superior, que nos
orientam, expediram certa instrução que determina seja a sua atual reencarnação
desapropriada, em benefício da divulgação dos princípios espíritas-cristăos,
permanecendo a sua existência, do ponto de vista físico, a disposição das
entidades espirituais que possam colaborar na execuçăo das mensagens e livros,
enquanto o seu corpo se mostre apto para as nossas atividades.
Muito desapontado, Chico perguntou: então devo trabalhar na
recepção de mensagens e livros do mundo espiritual até o fim da minha vida
atual? Emmanuel acentuou: 'Sim, não temos outra alternativa!'
Naturalmente, impressionado com o que ele dizia, voltei a
interrogar: e se eu não quiser, já que a Doutrina Espírita ensina que somos
portadores do livre arbítrio para decidir sobre os nossos próprios caminhos?
Emmanuel, então, deu um sorriso de benevolência paternal e cientificou: 'Bem,
você terá que arcar com as conseqüências de uma tarefa que não foi cumprida’
Após esta conversa com Emmanuel, Chico continuou trabalhando
até o fim de sua encarnação.
Ricos e pobres, velhos e crianças, homens e mulheres de
todos os níveis sociais encontraram no homem e no médium Chico Xavier, tudo
quanto necessitam para o reajuste interior, para o crescimento, em função do
conhecimento e da bondade.
Francisco Cândido Xavier é um presente do Alto ao século XX,
enriquecendo-lhe os valores com a sua vida de exemplar cidadão, com milhares de
mensagens psicografias que, em catadupas de paz e luz, amor e esclarecimento,
vęm fertilizando o solo planetário, sob a luminar supervisão do Espírito
Emmanuel.
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