CENÁRIO: FLORESTA
NARRADOR: Era uma vez um elefante chamado Tonho (Entra o Tonho). Ele era grande e tinha uma tromba que servia e canudinho para beber água e de chuveiro para tomar banho. Que feliz era o Tonho com uma tromba tão útil... Que elefante gordo! Ouçam só o barulho que ele faz quando anda: Tronc... Tronc... Tronc...
TONHO: Uaaa... Hoje levantei mais cedo do que nunca. Estou morrendo de fome. Vou comer bastante e depois dar a minha voltinha de sempre... Hum... Que folhinha gostosa... Eis, aquele matinho lá adiante parece estar delicioso... Vou até lá pegá-lo... (atravessa o cenário) Tronc... Tronc... Tronc... Nhoc... Que lindo dia (prende o pé na corrente) Aaaaaiiii Que houve, estou até tonto... Prendi meu delicado pezinho nessa horrível corrente. Como vou fazer? O jeito é gritar... Socorro, socorro! Quem vem me ajudar? Estou preso na corrente, não posso andar... (entra o coelho cantando, dá uma volta no cenário, e para diante do Tonho).
COELHO: O que foi seu elefante comeu demais? Por acaso está com dor de barriga?
TONHO: Eu não estou com dor de barriga. Não tive tempo nem para comer!
COELHO: Então por que tanta gritaria? Por que você está tão triste?
TONHO: Prendi o pé na corrente. Você me ajuda?
COELHO: Claro, Tonho! Em matéria de força, falou comigo mesmo... Vou puxar com toda a força... 1... 2... (puxa com força) Uff... 1...2...3... (puxa) Uff... Nossa, Tonho, como esta corrente é forte! Puxei com toda a força! Não consegui arrebentá-la. O que vamos fazer?
TONHO: O jeito é gritar... Socorro, socorro. Quem vem me ajudar. Estou preso na corrente e não posso andar!
NARRADOR: Puxa que gritaria! Mas se não for assim, como o Tonho vai sair daí? Hei criançada, tenho uma idéia. Vamos ajudar o Tonho pedir ajuda?...(tempo para a resposta) Então vamos lá... Socorro, socorro, quem vem me ajudar. Estou preso na corrente e não posso andar (entra afobado o boi)
BOI: Um... Um... Que aconteceu, Tonho? Por que está aí parado, gritando e chorando?
TONHO: Eu estava passando, mas prendi o pé na corrente. Você tem os dentes afiados, seu boi, veja se consegue arrebentar a corrente para me soltar...
BOI: Ora, não tem problema. É pra já. Vou dar umas mordidas bem fortes e pronto. Você está livre num momento. (o boi puxa e morde a corrente na boca várias vezes). Um... Um... Asssiiiii...
TONHO: Socorro, socorro, quem vem nos ajudar? O boizinho se machucou tentando me soltar!
COELHO: O que aconteceu, seu boi?
BOI: Aí... Aí... Ih! Compadre quebrei um dente e não consegui.
COELHO: Ih, ou ter que fazer um bom curativo. Vamos até minha casa. Tonho voltamos já. Vá tentando se soltar. (saem o boi e o coelho).
GATO: Qual é o problema. Será que essa gritaria vai continuar muito tempo?
TONHO: É essa corrente, seu gato. Que é que eu faço? (gritando). Socorro, socorro, quem vem me ajudar.
GATO: Espere aí Tonho. Deixa comigo. Tenho unhas afiadas. Vou unhar até a corrente ficar fininha, bem fininha, aí então será fácil de quebrar. Rap... Rap... Rap... É ela é bem dura, não, Tonho?
TONHO (murmurando) Já estou vendo tudo... Não me solto mais. Socorro, socorro...
GATO: Espere aí, vou tentar novamente. Rap... Rap... Rap... É Tonho, não dá mesmo. Gastei todas as minhas unhas e não consegui. Terei que ir até a manicure para cuidar delas... Tonho, que corrente forte está prendendo você!
TONHO: Socorro, socorro, quem vem me ajudar estou preso na corrente e começo a me preocupar.
PATO: - Quem, quem, quem.
TONHO: Hei, é o patinho... O patinho feio.
PATO: Eu sou o patinho sim, mas não sou o patinho feio!
TONHO: E você sabe puxar forte?
PATO: Claro, quem não sabe? Se o problema é esta corrente, vou puxar até arrebentar... (puxa, puxa, puxa)
TONHO: Não arrebentou. Socorro, socorro, quem vem me ajudar, estou preso na corrente e não posso andar!...
RATO: Ah! Ah! Ah! (rindo)
TONHO: Quem está rindo?!
RATO: Sou eu mesmo, o ratinho. Assim você não consegue nada, Tonho. Eu sei um jeito de arrebentar a corrente.
GATO E PATO: Sabe?
RATO: Claro que sei, sou muito inteligente.
PATO: Pois eu quero ver!
RATO: É só pegar essa pedra que é muito dura e bater com força em cima da corrente. Vejam... Toc... Toc... Toc... Chiii. A pedra rachou... Preciso correr senão todas as pedrinhas vão machucar o Tonho (sai correndo)...
TONHO (chorando) Socorro, socorro, quem vem me ajudar. Estou preso na corrente e não posso andar!
RATO: (entra em cena novamente) Que é isto? Não precisa chorar Tonho...
TONHO: Eu prendi o meu pezinho nesta corrente, ninguém consegue me soltar. E você, ratinho, também não pode ajudar, porque é muito pequeno...
RATO: Tamanho não quer dizer nada. O negócio é usar a inteligência. É claro que eu vou conseguir. Sozinho é que eu não poderia conseguir.
TONHO: Então, como?
RATO: Vamos fazer o seguinte. Chamem todos os bichos. Precisamos deles.
GATO: Um minuto. Vou chamar o boi, o coelho, o pato. Não conta nada. Não quero perder... (entram os bichinhos).
Os bichos juntos: O que está acontecendo?
RATO; Acontece que esquecemos: A união faz a força. Eu vou contar até 3. Quando eu falar 3, nós todos puxamos a corrente juntos.(todos se colocam em fila). Atenção vai lá. É um... É dois... E lá vão três! (puxam e a corrente se solta)
Oba, oba, arrebentamos.... (o gato)
COELHO: Oba, oba, o Tonho nós soltamos.
Tonho: Muito obrigado, amigos, muito obrigado.
RATO: Já que vimos que juntos somos fortes, convido a todos para fazermos uma grande festa. Minha casa está às ordens. Vamos lá. Só que não tem cadeira pra você, Tonho.
TONHO: Não tem importância. Festa é festa. Vamos lá. (saem cantando)
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