terça-feira, 26 de fevereiro de 2019

NOSSA VIDA APÓS A MORTE

OBJETIVO: Fazer com que os alunos reflitam sobre a vida após a morte.

IDADE: 11 a 16 anos
MATERIAL: placas com as perguntas.
DINÂMICA:
Obs: Esta aula foi dada após a exibição do filme Amor além da vida na aula anterior.
Conversar um pouco sobre o filme, pedir para que eles contem a história, com o intuito de refrescar a memória. Apenas relembrar a história sem explicar os fatos.
Após a conversa, separar a turma em dois grupos. Explicar que serão apresentadas algumas perguntas e que o grupo deverá conversar e chegar a uma conclusão. A cada acerto o grupo ganha um ponto. “Ganha” quem tiver mais pontos no final.
A questão da disputa não é importante, mas incentiva a participação.
Avisar que você escolherá um do grupo para responder e depois de escolher ninguém mais poderá falar e soprar a resposta, isso é só para que todos do grupo se interessem em saber qual a conclusão do grupo. Embora tenha esta “regra”, após o escolhido começar a responder, permitir que os outros colegas ajudem, quanto mais participantes do grupo falar, melhor.
Pedir para que a resposta seja exemplificada com uma situação do filme.
Depois que os dois grupos responderem, explicar remetendo aos acontecimentos do filme.
Perguntas:
O que acontece depois que morremos?
Nós percebemos que morremos? Como nos sentimos?
Como é o lugar para onde vamos após morrer?
Para onde os animais vão após a morte?
A gente escolhe para onde vai quando morre?
Como é o lugar para onde os suicidas vão?
Quem nos recebe assim que morremos?
Existe trabalho e diversão no plano espiritual?
Se existir um dos dois, cite exemplos.
Nós temos sentimentos após a morte?
Se não, o que temos? Se sim, como são?
Deus castiga a gente quando morremos?
Existe uma hora que somos julgados pelo que fizemos?
Nossa vida hoje interfere na vida após a morte?
Quais são as diferenças entre a vida na terra e a vida no plano espiritual?
O que podemos fazer hoje para melhorar a nossa vida no plano espiritual?

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2019

MEIMEI - HISTÓRIA EM VERSOS





HISTORIA EM VERSOS

Quero ver você adivinhar
Sobre quem irei falar
Trata-se de um Espirito de Luz
Que trabalha com crianças e as conduz

Em Mateus Leme (MG) pequena cidade
Reencarna uma menina de muita simplicidade
22 de outubro de 1922 foi o dia especial
Veio ao mundo esse Espirito de bondade sem igual

Uma criança bonita e de muita alegria
Mas, com problemas nas amídalas sempre sofria
Seus estudos para professora muito triste abandonou
Pois, a doença com o passar do tempo, só se agravou

Na adolescência com sua irmã foi morar
E em Belo Horizonte queriam a vida melhorar
Sempre meiga e de muita bondade
Conseguiu logo, conquistar amizade

Entre as amizades conheceu Arnaldo Rocha
Com quem um grande amor desabrocha
Foi uma amizade muito especial
Onde em 1944, tornou-se matrimonial

Era um casal feliz e gostavam muito de ler
Foi de um livro que um apelido carinhoso ela passou a ter
A noiva bem amada
Era o que esse apelido significava

De muito sofrer, suas amidalas ela operou
Depois da cirurgia a doença se agravou
Desenvolveu nefrite crônica, perdeu a visão
E teve problemas sérios de pressão

Passou a ter visões da avó já desencarnada
Seu esposo, ateu, claro, não acreditava
A avó dizia que juntas viveriam no plano espiritual
E Arnaldo achava, sua noiva ter problema mental

Em 1º de outubro de 1946 ela desencarnou
Arnaldo Rocha muito triste ficou
Andando pela rua, cabeça baixa e desconsolado
Encontra Chico Xavier, um homem espiritualizado

Desse momento inicia-se uma grande amizade
Arnaldo começa a acreditar na espiritualidade
Sua amada várias mensagens lhe mandou
E ele com todo carinho, as guardou

Então, descobriu sobre quem estou falando?
Não esquece, é um espirito que com crianças está trabalhando
O nome dela? ?? lhe contarei...
Irmã de Castro ou simplesmente MEIMEI

E assim a história em versos vou terminando
Com a certeza que MEIMEI está nos auxiliando
Sempre com bondade, carinho e muito amorosa
Deixando por onde passa, o doce perfume de uma rosa.

DESCONHEÇO AUTORIA

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2019

PRECE



Objetivos:
Espera-se que o educando:
  •   entenda que a Prece é a única forma de comunicação com Deus;
  •   perceba os benefícios que a prece nos proporciona;
  •   que é através da prece que nos ligamos ao mundo espiritual, e que a espiritualidade maior vem em nosso auxílio toda vez que nossa prece é proferida com fé e respeito.
  Conteúdo:
A prece ou a oração é uma conversa com Deus nosso Criador e com Jesus, Maria e nossos amigos espirituais.
A prece nos liga com Deus, Jesus e com o mundo espiritual.
É através da prece que a espiritualidade maior vem em nosso auxílio toda vez que nossa prece é proferida com fé e respeito.
A oração, acima de tudo, é sentimento, devendo ser feita sem fingimento ou ostentação. Deus gosta da prece que brota do fundo de nosso coração, que nasce com fé, fervor e sinceridade.
Podemos fazer nossas preces em qualquer hora ou lugar, porque o poder da prece está no pensamento, não se prendendo a palavras.
Com a prece, podemos louvar, pedir ou agradecer.
Podemos fazer uma prece quando estamos tristes, nervosos, assustados ou com medo e também quando estamos felizes.
Podemos e devemos orar por outras pessoas, inclusive por nossos inimigos e pessoas desencarnadas.
Quando oramos devemos pedir a Deus o alimento, a saúde, o trabalho, a alegria para nosso lar, a oportunidade de brincar e estudar... Mas não para pedir dinheiro ou bens materiais, pois Nosso Pai já nos dá tudo que precisamos para evoluirmos na terra.
Quando desejamos muito uma coisa podemos fazer uma prece e pedir a Deus, mas precisamos também fazer nossa parte e confiar em sua sabedoria.
O hábito de fazer prece foi-nos ensinado por Jesus, conforme está no Evangelho.
  Aula propriamente dita:
1.    Aquecimento
BOLINHAS DE SABÃO: Levar potinhos de água com sabão e tubo de caneta para que as crianças façam bolinhas de sabão. Deixar elas brincarem, mas pedir que observem as bolinhas, pois algumas vezes não conseguimos fazer as bolinhas ou elas saem diferentes.
Depois recolher o material e explicar que a prece é como a bolinha de sabão, pois, ela sobe até Deus... como a bolinha de sabão. Imaginar que tudo o que queremos falar com Deus nós colocamos dentro da bolinha, quando sopramos. Mostrar que nenhuma é igual a outra, por que as pessoas e seus desejos, agradecimentos, etc., são diferentes.
2.    Desenvolvimento
Dar a cada criança um pequenino pedaço de chocolate e pede-se que ela engula inteiro (é um pedaço bem pequeno, assim que colocar na boca, sem nem sentir o gosto, rapidamente mesmo). Depois, dá-se a cada criança um outro pedaço de chocolate do mesmo tamanho do anterior e pede-se que ela saboreie o chocolate, deixe-o derreter na boca, enfim, que coma bem devagar.
Explicar que quando fizemos nossas preces sem pensar, com pressa, sem sentimentos, é como comer o chocolate sem sentir o gosto, não fica o gosto em nossa boca, é quase como se não tivéssemos comido. Se orarmos com amor e sinceridade no coração, com calma, pensando no que estamos fazendo, é como comer o chocolate devagarinho, saboreando-o, com vontade, sentindo o gosto do chocolate que fica na boca.
3.    Fixação/ Avaliação
Jogo didático: BATATA QUENTE
Dispor os evangelizando em círculos e em pé. Um deles segura na mão uma bola de papel ou plástico.
A um sinal do evangelizador, a bola deverá ir sendo passada de um para outro, não se respeitando ordem sequencial.
Enquanto a bola estiver passando de mão em mão, deverá haver uma música que tão logo cesse de tocar (o evangelizador desligará a música repentinamente), o evangelizando que estiver com a “batata quente” responderá a uma pergunta formulada pelo evangelizador.
A brincadeira prossegue até que a maioria dos evangelizandos tenha respondido uma questão ou ao se esgotarem as perguntas.

Perguntas:
  • Quando devemos fazer uma prece?
  • Para quê serve a prece?
  • Quando fazemos uma prece, devemos pedir só por nós?
  • Quando desejamos muito uma coisa, é só fazer uma prece, e vamos conseguir?
  • Como fazer uma prece?
  • Quando devemos fazer uma prece?
  • Quais os benefícios da prece?
  • Precisamos decorar preces?
  • Qual foi a oração que Jesus nos ensinou?
  • Porque fazemos uma prece no início e no final?
  • Com quem conversamos ao orar?
  • Por que orar?
  • Quem nos ensinou a orar?

LIVRE-ARBÍTRIO E DETERMINISMO

Tema: Livre-arbítrio e determinismo 
Faixa etária: 11 a 12 anos.

1º momento: explicitar o tema 
Começaremos a aula dando ordens. 

Entramos muito serias e começamos a arrumar as cadeiras e mandar que eles sentem onde determinamos, falando com imposição – quase tiranas. 

Falar com eles durante um tempo desta forma e então, quando eles estiverem sem entender nada, a gente quebra o jogo e começa a falar com eles sobre o tema – a opção de fazer tal ou qual coisa, de falar de tal ou qual maneira, etc. 

(Penso que podemos entrar neste jogo porque isso auxilia na vivência. Quando só falamos sobre alguma coisa eles imaginam aquilo, mas não sentem, não vivem – acho que podemos combinar bem isso para que fique bem legal e então possamos trabalhar com eles essas variações de utilizar a voz, o corpo, as escolhas) 

Primeira coisa após nosso teatro: vamos pedir que escolham entre duas opções de carta: a carta 1 ou a carta 2. Dentro de cada carta há um nome, que é o nome do time que eles deverão ficar. Um será o time A o outro será o time B. Quando cada um souber seu time, dividimos a sala em duas partes e cada time sentará de uma lado, de frente para nós. 

Para explicitar o tema vamos utilizar um jogo: 

Em um painel temos dois homens – de um lado o “homem –livre” e do outro o “homem-máquina”. O objetivo é que eles, sem que a gente diga nada, peguem as características que estão espalhadas pela mesa e distribua para cada um deles de acordo com o que eles acham que cada um significa. Depois desse momento, falamos um pouco sobre o assunto. 

2º momento: Jogo do livre-arbítrio 

Temos um painel com cinco perguntas. Cada pergunta possui duas repostas (uma certa e uma errada), de acordo com cada resposta existe uma conseqüência. 

Eles deverão eleger um representante para cada pergunta. E os dois representantes deverão tirar na sorte quem vai responder a pergunta. 

Quando responder, o representante deverá tirar também a conseqüência da ação que ele praticou. Isso dará ao grupo alguma coisa ou tirará deles alguma coisa. 

No final do jogo, o grupo vai contar as cartinhas para ver quais coisas eles conquistaram ou perderam e trocarão essas cartas pelas coisas reais, caso queiram ou não. 
No final de tudo, discutimos os resultados para dar fechamento à aula. 

Se sobrar tempo, realizar uma encenação com os itens sorteados por eles.

Montar uma Cena 

Damos a eles a seguinte situação: “todos estão em uma sorveteria, um dos rapazes, sem querer,esbarra em uma jovem e derruba sorvete sobre ela” 
Os grupos devem imaginar duas situações e demonstrar para a turma (da forma que quiserem, usando os itens sorteados a medida que formos falando)

* uma fruta, um carro, uma pessoa famosa,etc.

TEMA: Conhecimentos Gerais

OBJETIVO: Ajudar o jovem a refletir sobre o que é realmente importante para sua felicidade

IDADE: 11 a 13 anos
MATERIAL: giz para quadro negro ou pilot para quadro branco, 5 placas com a letra A, 5 placas com a letra B, 5 placas com a letra C e 5 placas com a letra D, folhas com as perguntas e opções de respostas impressas.
Obs: O jogo prevê uma turma com 20 alunos, que serão separados em grupos de 4 participantes, em um total de 5 grupos. Altere o número das placas conforme o número de grupos necessários.
DINÂMICA:
Separar a turma em grupos de 4 participantes. O jogo funcionará por rodadas. A cada rodada será feita uma pergunta com 4 possíveis opções de resposta. O grupo deverá discutir entre si e levantar uma das placas com a letra correspondente à opção que eles acharam a correta.
Após todos os grupos levantarem, os mesmos terão que defender sua idéia, explicando por que escolheram aquela opção.
Após todos terem falado, a resposta certa é revelada e o orientador fala um pouco sobre o assunto, focando principalmente nos erros cometidos pelos alunos.
Obs: As opções apresentadas a seguir seguem uma ordem, sendo a primeira absurda e a última a correta. Ao apresentar é aconselhável embaralhar as opções.
PERGUNTAS e RESPOSTAS
O PENSAMENTO É MATÉRIA?
a) Não, é constituído de espírito
b) Sim, também é destruído quando morremos
c) Não, por que não podemos tocar
d) Sim, é formado de uma transformação do elemento primitivo.
EXISTE VIDA NO SOL?
a) Sim, o inferno é lá
b) Não, é muito quente
c) Não, só existe vida na Terra
d) Sim, o Sol é energia pura e lá habitam espíritos evoluídos
OS ANIMAIS TÊM ESPÍRITO?
a) Não, têm apenas um princípio vital
b) Sim, são espíritos menos evoluídos
c) Não, só possuem instinto
d) Sim, possuem um princípio inteligente
DEUS AINDA CRIA ESPÍRITOS?
a) Sim, cria espíritos evoluídos, por que a Terra já evoluiu também
b) Não, pois já existe uma super população na Terra
c) Não, somente os espíritos que já existem que reencarnam
d) Sim, cria espíritos em estado de simplicidade e sem conhecimento até hoje
POR QUE JESUS NOS FALA “ENTRAI PELA PORTA ESTREITA…”?
a) Por que para ser feliz a gente tem que sofrer antes
c) Por que precisamos nos manter esbeltos
b) Por que o caminho da felicidade nos sacrifica
d) Por que o caminho da felicidade é difícil
O QUE É O REINO DE DEUS?
a) É um lugar no plano espiritual que tem muitas riquezas
b) É um lugar no plano espiritual onde vivem os bons espíritos
c) É a felicidade
d) É um estado de espírito individual e interior
QUANDO EU PENSO O MAL PARA ALGUÉM…
a) Prejudico a mim e ao outro.
b) A pessoa fica doente
c) Nada acontece, só pensei
d) Eu recebo o mal em forma de vibração e sintonia
QUAL OPÇÃO ABAIXO NÃO É UM EXEMPLO DE AMOR AO PRÓXIMO?
a) Cooperar com as dificuldades do outro
b) Não “zoar” nem fazer piadinhas com o outro.
c) Ouvir o que o outro tem a dizer
d) Ignorar o outro quando existem opiniões diferentes
O QUE É MAIS IMPORTANTE NA VIDA
a) Ser legal e ter muitos amigos
b) Se esforçar para melhorar sempre
c) Ser o mais inteligente
d) Conquistar um reconhecimento pelo que você é
POR QUE ESTAREMOS CONSTRUINDO NOSSA CASA NA ROCHA AO SEGUIR OS ENSINAMENTOS DE JESUS?
“Cada componente do grupo vai falar um pouco sobre o assunto”

sábado, 9 de fevereiro de 2019

COMO ME SINTO EM RELAÇÃO À TAREFA CRISTÃ

Como me sinto em relação à tarefa cristã?

Em 9/12/1948, em carta destinada ao amigo e então presidente da Federação Espírita Brasileira, Wantuil de Freitas, Chico Xavier fala sobre a dificuldade do trabalho na seara do Cristo. O fato está relatado no livro “Testemunhos de Chico Xavier - Chegar ao fim é crucificar-se”, de Suely de Caldas Schubert, publicado pela FEB.
"– Peço a Deus para que esse grande trabalhador jovem não se perca. “Começar é fácil, continuar é difícil e chegar ao fim é crucificar-se”, diz o nosso Emmanuel para designar uma tarefa cristã."
Explicações da Suely Schubert, contidas no livro Testemunhos de Chico, para essa frase de Emmanuel:
"Muitos começam. Deslumbrados, espalham entusiasmo e alegria. Vão aceitando tarefas e compromissos. A princípio produzem muito. São promessas e esperanças para os que acolhem e orientam. Com o tempo surgem os primeiros obstáculos. Surgem os apelos do mundo e parecem fascinantes. Prosseguir torna-se difícil. Uma certa desilusão começa a surgir. Já não há mais a mesma alegria na execução das atividades. O entusiasmo arrefecido transmuda-se em cansaço, em desinteresse ou tédio. Outros interesses aparecem e vagarosamente desviam-no do labor doutrinário.
Alguns, porém, permanecem. Vão arrostando os obstáculos, vencendo o desânimo e os apelos do mundo, e encontrando cada vez maiores motivações para prosseguir. Para estes o trabalho torna-se alegria. Conviver com os companheiros, a melhor festa. E embora quase sempre incompreendidos no círculo doméstico, ironizados pelos colegas e conhecidos, vão-se dando ao trabalho, vencendo a tudo e a todos através da persistência e da disciplina a que se impõem. Aos poucos, fazem-se respeitados. E nesse crescendo de responsabilidades e deveres, “chegar ao fim é crucificar-se”.
Só os que chegaram, sabem, no imo d’alma, o significado profundo e real das palavras de Emmanuel."

LIVRO - PELOS CAMINHOS DA EVANGELIZAÇÃO

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A obra "Pelos caminhos da evangelização", da querida Cecília Rocha, ed. FEB, está disponível para download no site do DIJ/FEB, campo "Sou Evangelizador", material de apoio. Link: http://febnet.org.br/…/…/Pelos_caminhos_da_evangelizacao.pdf. Boa leitura! 🌻😊

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2019

O DESCUIDO IMPENSADO

No orfanato em que trabalhava, Irmã Clara era o ídolo de toda gente pelas virtudes que lhe adornavam o caráter.
Era meiga, devotada, diligente.
Daquela boca educada não saíam más palavras.
Se alguém comentava falhas alheias, vinha solícita, aconselhando:
- Tenhamos compaixão...
Inclinava a conversa em favor da benevolência e da paz.
Insuflava em quantos a ouviam o bom ânimo e o amor ao dever.
Além do mais, estimulava, acima de tudo, em todos os circunstantes a boa-vontade de trabalhar e servir para o bem.
- Irmã Clara – dizia uma educadora -, tenho necessidade do vestido para o sábado próximo.
Ela, que era a costureira dedicada de todos, respondia, contente:
- Trabalharemos até mais tarde. A peça ficará pronta.
- Irmã – intervinha uma das criadas -, e o avental?
- Amanhã será entregue – dizia Clara, sorrindo.
Em todas as atividades, mostrava-se a desvelada criatura qual anjo de bondade e paciência.
Invariavelmente rodeada de novelos de linha, respirava entre as agulha e a máquina de costurar.
Nas horas da prece, demorava-se longamente contrita na oração.
Com a passagem do tempo, tornava-se cada vez mais respeitada. Seus pareceres eram procurados com interesse.
Transformara-se em admirável autoridade da vida cristã.
Em verdade, porém, fazia por merecer as considerações de que era cercada.
Amparava sem alarde.
Auxiliava sem preocupação de recompensa.
Sabia ser bondosa, sem humilhar a ninguém com demonstrações de superioridade.
Rolaram os anos, como sempre, e chegou o dia em que a morte a conduziu para a vida espiritual.
Na Terra, o corpo da inesquecível benfeitora foi rodeado de flores e bênçãos, homenagens e cânticos e sua alma subiu, gloriosamente, para o Céu.
Um anjo recebe-a, carinhoso e alegre, à entrada.
Cumprimentou-a. Reportou-se aos bens que ela espalhara, todavia, sob impressão de assombro, Irmã Clara ouviu-o informar:
- Lastimo não posso demorar-se conosco senão três semanas.
- Oh! por quê? – interrogou a valorosa missionária.
- Será compelida a voltar, tomando novo corpo de carne no mundo – esclareceu o mensageiro.
- Como assim?
O anjo fitou-a, bondoso, e respondeu:
- A Irmã foi extremamente virtuosa; entretanto, na posição espiritual em que se encontrava não poderia cometer tão grande descuido. Desperdiçou uma enormidade de fios de linha, impensadamente. Os novelos que perdeu, davam para costurar alguns milhares de vestidos para crianças desamparadas.
- Oh! Oh! Deus me perdoe! – exclamou a santa desencarnada – e como resgatarei a dívida?
O anjo abraçou-a, carinhoso, e reconfortou-a dizendo:
- Não tema. Todos nós a ajudaremos, mas a querida irmã recomeçará sua tarefa no mundo, plantando um algodoal.
XAVIER, Francisco Cândido. Alvorada Cristã. Pelo Espírito Neio Lúcio. FEB.