domingo, 4 de novembro de 2018

AMIGOS, ALÉM DAS DIFERENÇAS

Aula base para 04 anos (adaptável às diferentes faixas etárias)                            
 
·Tema: “Amigos, além das diferenças..."     
  • Objetivo: Levar a criança a perceber que as diferenças físicas entre as criaturas desaparecem quando entendemos o valor de cada um.
  • Incentivo: Levar figuras de seres vivos que habitam o mar. Deixar as crianças manusearem dialogando sobre o conhecimento, importância e função de cada um que a seu modo contribui para o enriquecimento do meio.
  • Desenvolvimento: - Contar a história da Baleia Azul.
Questionar:

- como é o mundo em que vivemos ?
- todos somos iguais?
- isso é importante ou não?
- como conviver com as diferenças?
Estes e outros tantos questionamentos serão superficiais ou aprofundados dependendo do retorno e interesse das crianças nas diferentes faixas etárias.
  • Fixação: As crianças confeccionarão um cartaz com os diferentes animais do mar desenhando ou fazendo colagens. Esse cartaz deverá conter alguma frase envolvendo o tema e será exposto no Centro Espírita.


A BALEIA AZUL

Ela nasceu grande e forte. Desde recém-nascida era muito maior que os outros habitantes do oceano. Afinal, era uma baleia. Uma linda baleia azul ! Mas Balofa, como seus amigos a chamavam, não conseguia brincar e se divertir como todos os outros seres por causa de seu tamanho.
Com o passar do tempo, como só conseguisse brincar com as outras baleias iguais a ela, começou a desenvolver dentro de si um enorme desprezo pelas ouras criaturas que habitavam o fundo do mar, fossem eles peixes, ostras, mariscos ou cavalos marinhos.
Considerava-os pequenos e insignificantes, e orgulho pelo seu tamanho e beleza tomou conta do seu coração.
Fazia pouco caso dos peixinhos, sequer lhes dirigindo a palavra. E, quando se aproximavam querendo brincar, ou mesmo conversar, ela respondia altaneira: “Não se enxergam...??? Vejam o meu tamanho e vejam o de vocês...!!! Vão procuram sua turma que eu tenho mais o que fazer...!!! "
E como muitos seres do mar se afastassem à sua aproximação temendo serem esmagados por ela, Balofa acreditou-se verdadeiramente invencível e auto-suficiente afirmando convicta e cheia de orgulho: "Eu sou forte e poderosa. não preciso de ninguém!!!"
Certo dia, porém, passeando com sua mamãe, afastou-se do cardume encantada com a beleza de uns corais que vira ao longe. Nunca estivera naquela região, que era absolutamente desconhecida para ela.
Não se preocupou, porém. Era grande e sabia se defender. Não havia morador das profundezas dos mares que pudesse vencê-la. Quanto ao caminho para casa, logo o encontraria. Era uma questão de tempo. Com a sua inteligência e a sua força não tinha medo de nada.
E assim pensando, percorreu enormes distâncias sem saber par que lado estava indo. Já estava cansada quando, sem perceber, aproximou-se muito de uma praia e ficou presa em um banco de areia.
Lutou muito, debateu-se e suplicou ajuda, gritando: “Socorro! Socorro! Estou presa e não posso sair! Socorro! Acudam! "
Mas, qual ! Aquela era uma região deserta e não passava ninguém.
Fazia horas que estava fora d’água, sob sol inclemente. Estava exausta de lutar e sentia-se cada vez mais fraca.
Ninguém atendia às suas rogativas e a pobre baleia azul pensou que era o fim. 
Chorou, chorou muito. Desesperou-se e compreendeu, finalmente, que não era tão auto-suficiente como sempre acreditara. E que o seu tamanho, aquele enorme corpo de que sempre se orgulhara, era justamente a razão de estar presa no banco de areia. 
Com lágrimas nos olhos lamentava-se: “Ah! Se eu fosse pequenininha como os outros peixes não estaria agora nessa situação”.
Algumas horas depois passou um garoto pela praia e, vendo-a, gritou encantado: “
Uma baleia azul! E parece que está encalhada. Vou buscar ajuda".
Se fosse outra época, Balofa iria revirar os olhos com desprezo, não acreditando que uma criatura tão pequena pudesse ser de alguma utilidade. Agora , porém, era diferente. Agradeceu a Deus o auxílio que lhe mandava na pessoa de uma criança tão pequena.
Logo depois o menino voltou com o pai e outras pessoas das redondezas e, após muito esforço conseguiram, aproveitando a subida da maré, soltar a pobre baleiazinha que sumiu nas águas, toda feliz.
Um pouco adiante encontrou sua mãe que a procurava muito preocupada. 
Aquele dia, no fundo do mar, houve uma grande festa e os peixes ficaram admirados de serem convidados por ela e, mais ainda, de serem recebidos com muito carinho e atenção pela linda baleia azul, toda sorridente e gentil.

(fonte: O Imortal)
Beatriz de Almeida Rezende
 

Nenhum comentário:

Postar um comentário